terça-feira, janeiro 13, 2004

Princípio da Reciprocidade

Olha só: meus instintos mais primitivos se deliciaram com o fichamento dos turistas americanos. O gorila pré-histórico que habita as cavernas do meu ser saiu, tacape em mãos, comemorando o tal do princípio da reciprocidade. Mas logo foi recapturado pelo domador que instalei na minha placa-mãe. E a civilidade voltou a imperar.

É claro que os EUA têm o direito de se protegerem, mas essa desculpa só começou a pegar do 11 de setembro para cá. Vamos revirar arquivos e encontrar "n" relatos de turistas, brasileiros ou não, que foram constrangidos pelo controle de imigração estadunidense muito antes dos atentados terroristas. É verdade, também, que isso não acontece apenas nos EUA. Já vi pessoas sendo muito mal tratadas em aeroportos de países da Europa.

O Brasil, por sua vez, sempre levou a fama de ser uma mãe para os turistas estrangeiros. Até nos assaltos eles levam a a preferência (ops, falha do domador...ironia pré-histórica...). E é essa a realidade. Vi o mocinho lá do Rio desesperado porque os turistas americanos iam sumir, levando os tais de R$2.000.000.000 que eles despejam todos os anos em terras cariocas (que, por sinal, significa "casa do homem branco"...sacaram a sutileza??...hehehe). Por isso, as autoridades decidiram: os turistas do Tio Sam vão ser fichados, mas receberão, depois, mimos e afagos de mulatas (tipo exportação, of course).

Resumindo: os EUA realmente se julgam o umbigo limpinho do mundo, mesmo que o mundo inteiro saiba que eles estão muito longe disso em vários quesitos. Os brasucas são mal vistos em terras estadunidenses (com honrosas exceções, of course), mas o Brasil não pode abrir mão do turismo. A solução? Ué, e alguém achou que eu tivesse a solução? Se eu a tivesse, não estaria aqui trabalhando. Estaria jogando golfe com Bush, em uma de suas fazendas...just kidding...

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