sexta-feira, agosto 31, 2007

quinta-feira, agosto 30, 2007

Flores, pra mim?

Cada um tem a marida que merece. Ela tem lá a história do arroz, mas eu tinha que tentar algo que pelo menos se igualasse. Quase consegui.

Segunda, dia do meu aniversário. A marida me chama para almoçar. Fomos a um restaurante nordestino ali na 404N, o Fulô do Sertão. Quando eu cheguei, ela já estava lá, linda e sorridente. Abraços, beijos, parabéns. Aí, ela fez um gesto largo com o braço e disse, apontando em direção à mesa:

– Pra você, amada!

Eu olhei para a mesa e vi aquele vasinho com uns talinhos enfiados na terra (nem flor tinha). Sabe aquele que a gente compra por 1,99 nas promoções do Carrefour? Peguei o vasinho e agradeci emocionada.

– Ô, amore, obrigada...

– SUA ANTA! Não é isso, é aquilo ali! Isso aí é do restaurante!

E, repousando na cadeira ao lado, o mais lindo arranjo de rosas bicolores que eu já vi na minha vida.

Participação especial do garçom:

– Mas se ela quiser levar esse também, tudo bem. É aniversário, não é?

************************************************

Só para eu não ficar parecendo a única pateta da face da terra:

Gumercindo* passa em frente à minha mesa com uma garrafinha vazia na mão. Aí, eu pergunto:

– Gumercindo, você vai buscar água?

– Sim!

– Traz um copo pra mim?

– Sim!

Dois minutos depois, Gumercindo coloca o copo sobre a minha mesa. Vazio.

*O nome foi trocado para garantir o anonimato do cálega, né, David?

terça-feira, agosto 28, 2007

E eis que chega a roda-viva...

Ontem eu fiz aniversário. Adquiri mais um ano para a minha existência. E eu fiz planos de vir até aqui, já que não apareço há mais de um mês. E queria escrever um texto doce, feliz, alegrinho, que nem foi o meu dia ontem, com as pessoas que eu amo muito.

Mas os planos não são todos meus...

Há uns quatro anos, eu li o resultado do exame do meu pai que acusava uma atrofia cerebelar. O médico já havia me adiantado algumas coisas, inclusive que essa doença é degenerativa. Eu fiquei bem triste. E, procurando uma letra de música no Google, fui parar no blog da Karime, o Funny Valentine, que não existe mais. Do Funny, eu fui parar em um outro blog, chamado Drops da Fal. Comecei a ler um texto aqui, outro ali. Quando percebi, já estava há mais de uma hora vasculhando os arquivos, e sentindo o coração menos apertado.

Mandei um e-mail, elogiando os textos. A Fal respondeu na hora. Mandei outro, ela respondeu de novo. De repente, eu estava desabafando com ela, uma estranha, que mora em Sampa. E essa mulher passou a fazer parte da minha vida. E me deu tantas, mas tantas alegrias, que eu não consigo traduzir em palavras a importância dela.

Ontem, enquanto eu estava feliz, rindo com as minhas pessoas mais amadas, a Fal perdia o amor dela, o Alê. E a minha alegria de ontem se esvaziou feito um balão furado. Não perdeu o sentido, vejam bem... se esvaziou.

Fal, minha fulô, minha amada, minha preciosa. Eu não queria estar aí com você. Eu estou. Todos os meus pensamentos, o meu carinho, o meu colo, tudo, tudo, tudo é para você. Porque é tudo o que eu posso fazer. E eu faço tudo por você, Falzita.