quarta-feira, junho 29, 2005

Dando o braço a torcer...

Minha mãe, aquela mulher de olhar doce, tem idéias que beiram o terrorismo. Mas sabe que, algumas vezes, eu sou obrigada a concordar com ela?



29/06/2005 - 10h36
Mãe deixa bebê preso no carro por 1 hora para fazer compras


RIO DE JANEIRO (Reuters) - Uma mãe foi detida por abandonar dentro de seu carro a filha de pouco mais de 1 ano para fazer compras em um shopping na zona sul do Rio de Janeiro, informou a polícia nesta quarta-feira.

A mulher, de 43 anos, afirmou que deixou o bebê dormindo em seu carro no estacionamento do Shopping da Gávea para fazer compras na noite de terça-feira.

Frequentadores do shopping perceberam que a criança estava chorando muito e acionaram a segurança do local. O Corpo de Bombeiros foi chamado e arrombou o veículo para socorrer a criança.

"Não imaginava que iria demorar tanto tempo", disse a mãe após prestar depoimento na delegacia do Leblon. Ela foi autuada por maus-tratos.

"Nós avisamos o que estava acontecendo pelo sistema de alto-falantes (do shopping), mas a mãe não apareceu", informou o supervisor do local, Rogério Costa.

A mãe teve de pagar fiança de 1.300 reais para deixar a delegacia, mas ainda pode receber pena de 3 a 6 anos de reclusão.

Segundo testemunhas, a mãe teria passado cerca de uma hora dentro do shopping, na zona sul da cidade, e chegou ao veículo com muitas sacolas de compras.

O bebê deve ficar sob a guarda do pai, que é separado da mulher, segundo a polícia.

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Como é difícil manter a postura cristã em alguns momentos...

segunda-feira, junho 27, 2005

Is that all?

Fim de semana teve sessão de cinema na casa da amilga. Estréia do rómi tiater. Muito bom... "Sin City" é um filme excelente. Para quem gosta do gênero, é óbvio. E eu gosto pacas!!Além do mais, teve creme de milho. Ela sabe que pode conseguir qualquer coisa de mim com aquele creme de milho. Não sou coisa alguma diante daquele creme de milho...

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Corte rápido para sexta-feira!

Cena: Amilga, marildo da amilga e eu. Onde? No Chilli Pepper, por supuesto... entupindo a burra de chili.

Eu: Existem certos filmes a que eu não posso assistir...

Amilga: Tipo?

Eu: Assisti a "Monster" outro dia. No dia seguinte, estava eu no Google procurando serial killers...

Silêncio do outro lado da mesa... amilga e marildo trocam olhares... sussurros:

Amilga: Giovane, a minha bolsa está mais perto de você. Pega aí e vamos sair correndo...

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Dizem que o alemão é uma língua dura, grosseira. Né não, povo... essa língua é de uma delicadeza, de uma sutileza...

Temos "saudades", não é? A nossa é uma das poucas línguas que conseguiram traduzir em uma só palavra esse sentimento tão absurdo, tão amplo. Melancolia, falta, buraco no peito, dor no peito, solidão... tudo reunido em oito letras... e tem que ser no plural, tem que ser...

Pois então: no alemão existe Weltschmerz, que, com toda essa força, significa "dor do mundo". É a capacidade que temos de compartilhar o sofrimento de um outro ser humano, mesmo que esse outro ser humano esteja do outro lado do mundo. É uma compaixão misturada com culpa e com impotência. E, ao mesmo tempo, é uma alegria por nos sabermos capazes de sentir a dor do outro.

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E, além de todas as dores que uma guerra pode causar, além de toda a destruição, surge uma dor pequenininha, uma destruição quase miscroscópica diante do sofrimento de uma nação. Mas que dói também.

Os iranianos não podem mais aliviar o sofrimento diário com um copinho, ainda que de prástico, de shiraz.

Para quem vê de fora, a dor de perder um ente querido é infinitamente maior. Mas posso assegurar, pessoas, que a dor de se perder é equivalente.

E tome Weltschmerz!

sexta-feira, junho 17, 2005

A ponta do iceberg

Eu gosto de rotinas. Na verdade, eu preciso de rotinas. Apesar de ser uma bagunceira contumaz nas coisas concretas, minha alma é de uma organização matemática. Existe lógica nos meus mais caóticos desvarios, ainda que essa lógica não se sustente por muito tempo.

Eu gosto de ler. Não como uma fuga, não como uma ocupação, mas como um exercício de amor. Eu faço amor com os livros. Levo-os para a minha cama, passo um período totalmente fiel a eles. Não desgrudo deles e, em determinados momentos, fico tão absorta na leitura que deixo de prestar atenção às coisas que me rodeiam.

Autores favoritos: Clarice Lispector e Fernando Pessoa. Por sinal, os dois estrangeiros.

E eu adoro a frase final deste texto do Pessoa. Já até usei em um post. Agora coloco o poema inteiro. Porque hoje é sexta-feira, porque a vida corre, porque quem eu amo está tão longe, porque quem eu amo está tão perto...

Há Doenças Piores que as Doenças

Há doenças piores que as doenças,
Há dores que não doem, nem na alma
Mas que são dolorosas mais que as outras.
Há angústias sonhadas mais reais
Que as que a vida nos traz, há sensações
Sentidas só com imaginá-las
Que são mais nossas do que a própria vida.
Há tanta coisa que, sem existir,
Existe, existe demoradamente,
E demoradamente é nossa e nós...
Por sobre o verde turvo do amplo rio
Os circunflexos brancos das gaivotas...
Por sobre a alma o adejar inútil
Do que não foi, nem pôde ser, e é tudo.
Dá-me mais vinho, porque a vida é nada.


quarta-feira, junho 15, 2005

No nariz...

Há tempos eu vinha ensaiando... passava em frente à loja, às vezes entrava... perguntava para todas as pessoas que já haviam feito se doía, se era difícil de cuidar...

Ontem, no final do almoço, virei para o Gê e disse: "Termina logo aí, que eu vou colocar o meu piercing". Ele me olhou com desconfiança. (PAUSA: Uma reclamação constante entre os meus amigos é que eles não conseguem saber quando eu estou falando sério ou não)

Fui lá, conversei com a mocinha, deixei o Gê escolher a jóia, subi as escadas, sentei na maca e pronto. Doeu, não vou negar. Mas ficou fofo...

segunda-feira, junho 13, 2005

Entre a razão e a sensibilidade

Eu quero, mas não posso...
Eu desejo, mas não devo...
Tenho vontade, sim, mas preciso ser sensata...
E eu sei que, às vezes, temos que deixar a sensatez de lado e viver...
Mas, e quando não é esse o caso?
Será que a vida é tão cartesiana que, até mesmo para jogar tudo para o alto tem o momento certo? Essa é a tal da lógica do caos?

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Meu amigo Gê me usa de testa-de-ferro para as suas escolhar literárias. Se ele tem vontade de ler um livro, passa para eu ler primeiro e dizer se é bom ou não. Quase sempre ele acerta. A última ele errou. Existem coisas que a gente não precisa ler. Por exemplo, o livro "Kika, a Estranha". Entendam, não é ruim. Não é bom. Não é. Já leram um livro que não acontece? Que não se sustenta? É esse.

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Dia ainda frio no Planalto Central. Eu gosto.

quinta-feira, junho 09, 2005

Tem texto novo no 4BI.

Eu sei... até aí, morreu o Neves...

Dá licença???

Posso ser infame, posso? Vou fazer um trocadalho do carilho... olha só:


Vai ou não ser uma puta Copa???

Quarenta mil prostitutas são esperadas na Copa do Mundo da Alemanha

Bonitinha, mas ordinária...

Cena 1 – GRAVANDO!!

Eu, ontem à noite, na Cidade do Automóvel. Tudo deserto. Aliás, eu e dois vigilantes paraibanos. Carros, muitos carros.

Não, não era uma cena de livro de Nelson Rodrigues. Era eu esperando o gerente da loja levar a chave do meu carro. Que ele se esqueceu de deixar com o vigilante...

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SÓ O ZIQUIZIRACARD FAZ POR VOCÊ...

A sua bota favorita se transforma em jacaré e pede uma passagem urgente pelo sapateiro... 20 reais

Sua contribuição para fazer do dono do Unibanco uma pessoa mais feliz... 400 reais

Descobrir que erraram o depósito do seu salário... -500 reais

Entrar em casa, correr para o quarto, trancar a porta e me fingir de morta para parar de desafiar o dia... não tem preço!!! (E mesmo se tivesse, eu não ia poder pagar...)

terça-feira, junho 07, 2005

Teatro na veia!

Minha família inteira tem um pendor teatral que eu vou te contar!

Fabby tremendo que nem vara verde porque precisava contar um troço para a irmãzinha caçula, que sabe ser bem brava quando quer. Ligação internacional hoje de manhã, Bia direto da Alemanha:

– Oi, Brícia!

– Oi, Princesa, tudo bem?

– E aí? Já providenciou a passagem?

– Já (assoviando e olhando para o teto)... devo passar em Nova York antes...

– Ah, é? Já viu o visto?



E pense que mamãe ou Fabíola já não haviam preparado o espírito dessa mocinha??? Cadê a cena de ciúmes monumental? A maternidade a mudou? Aquí, ó! Consigo até visualizar o papo...

Não é lindo isso??? Amo essas mulherezinhas!

segunda-feira, junho 06, 2005

Enquanto isso, no Discovery Channel...

Vocês já viram uma anta marcando um encontro? É mais ou menos assim:

– Oi, Fabby, é a Manu.

– OI, Manu! Eu ia ligar para você (ia naaada!).

– Precisamos marcar a vistoria do seu carro. Só temos a próxima semana para regularizar a documentação.

– É mesmo. Que tal na segunda?

– Ótimo! Às 16h30?

– Perfeito! Encontro você lá.



Ok, segunda é hoje, 16h30 é daqui a pouco... E ONDE É LÁ, PELAMORDEDEUS?

Explico: pode ser no posto do Detran daqui do Plano ou no da Cidade do Automóvel. E sim, é claro que eu liguei para ela, mas para que serve o meu roteirista mexicano? O telefone dela está "desligado ou fora da área de cobertura".

quarta-feira, junho 01, 2005

Amor é outra coisa...

Não sei de quem é este texto. Minha amiga Lê mandou por e-mail. Não sei se são os meus hormônios, mas eu ri muito!!!


"O amor não é algo que o faz sair do chão e o transporta para lugares que você nunca viu. O nome disso é avião. O amor é outra coisa.

O amor não é uma coisa que você esconde dentro de si e não mostra para
ninguém. Isso se chama vibrador tailandês de três velocidades. O amor é outra coisa.

O amor não é uma coisa que te faz perder a respiração e a fala. O nome disso é bronquite asmática. O amor é outra coisa.

O amor não é uma coisa que chega de repente e o transforma em refém. Isso se chama seqüestrador. O amor é outra coisa.

O amor não é uma coisa que voa alto no céu e deixa sua marca por onde passa. Isso se chama pombo com caganeira. O amor é outra coisa.

O amor não é uma coisa que você pode prender quando se faz necessário. Isso se chama cachorro. O amor é outra coisa.

O amor não é uma coisa cinza que lançou uma luz sobre você, levou-a pra ver
as estrelas e a trouxe de volta com algo dele dentro de você. Isso se chama
alienígena. O amor é outra coisa.

O amor não é uma coisa que você perdeu e que, se encontrado, pode mudar o que está diante de você. Isso se chama controle remoto da TV. O amor é outra coisa."