Achamos um apartamento! Finalmente! Essa brincadeira de procurar já estava me cansando. Vimos muita coisa horrorível. Muita coisa cara. Muita coisa velha e malcuidada.
Aí, numa segunda-feira, eu fui ver uma promessa de coisa legal. Quando cheguei à imobiliária, descobri que não era no prédio que eu pensava que era. Decepçãozinha. Mas o moço disse que eu devia ir lá olhar, que eu ia gostar. Fui, assim, meio desanimada. A vizinhaça não é assim uma fotografia de filme de arte, mas dá para abstrair.
E eu vinha pensando "cozinha e banheiro, cozinha e banheiro" porque tenho pavor a cozinha e banheiro velhos e sujos. Não tenho a mesma capacidade que o Ri de enxergar o potencial. Em alguns apartamentos que fomos ver, fiquei grudada na sala, abismada com a capacidade humana de viver em semelhante local.
Abri a porta... e vi o cafofinho mais lindo de Brasília. Pequenino, novinho, lindo, lindo! Liguei para o Ri tremendo de alegria e disse: "Achamos!". Uma sala clara, um banheiro novinho, uma cozinha iluminada, com área de serviço e um quarto enorme. Era isso. É ali que eu quero começar a viver com o meu amor.
Hoje, milhares de papéis e firmas reconhecidas depois, ele é "nosso". Vamos morar ali pelo menos por um ano, até comprarmos o nosso de verdade.
Nossa casa.
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