sexta-feira, julho 30, 2004

Pura poesia

How happy is the blameless vestal's lot
Como são felizes aqueles que não têm culpa
The world forgetting, by the world forgot
Os que esqueceram o mundo e que foram pelo mundo esquecidos
Eternal sunshine of the spotless mind!
Eterno raio de sol da mente imaculada!
Each pray'r accepted, and each wish resign'd
Cada prece atendida e cada desejo resignado

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Deu para perceber que eu fui assistir ao filme com o Jim Carrey e com a Kate Winslet, não é? E que esse filme mexeu comigo. Muito. Tanto que, quando eu ainda estava extasiada olhando os créditos e uma moça passou dizendo que o filme era o maior "besteirol", me despertou uma vontade tão grande de jogar o resto do meu suco de maracujá nela. Mas, como eu já havia tomado o suco (maracujá=calmante), a vontade passou rapidinho.

Gostei da desestruturação cronológica, da construção das personagens, da atuação dos protagonistas, da amarração da história, da poesia que é o enredo...

Como é doce aquela Clementine, como a Kate Winslet conseguiu dar a ela o tom ideal, entre a procura de todo mundo e o desvario.

Fiquei feliz por ter perdido a rejeição que eu tinha ao Jim Carrey, aquele careteiro. A atuação dele esteve quase perfeita, exceto por um exagero aqui e ali, mas nada que abalasse a estrutura do filme.

E que poema do Alexander Pope.

E como eu estou emocionada e feliz por ter a certeza de que somos seres dicotômicos. De que a fonte para a felicidade e para a tristeza é uma só. E de que somos nós que moldamos a vida.

Simples assim...


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