terça-feira, julho 20, 2004

Dia do Amigo

 
Eu sou a prova viva que derruba duas teorias absurdas que andam circulando à sorrelfa. As duas dizem respeito à amizade. Uma diz que é impossível haver amizade entre um homem e uma mulher. A outra afirma que não existe amizade sincera entre duas mulheres.
 
Bom, essas duas teorias, na minha humilde opinião, são excelente assunto para final de noite, quando você está falando de gansos e a outra parte da conversa está dissertando a respeito da floração das begônias no extremo oeste da Patagônia. Porque não existe absolutamente nada que fundamente essas afirmações.
 
Eu tenho um amigo, homem de carteirinha, pessoa incrível. Sabe quando você tem orgulho de dizer que conhece alguém? Pois o meu amigo não é artista global, não é cantor famoso, nem jogador de futebol. Mas, se não fosse parecer que eu estou treinando uma falsificação, pediria autógrafo dele todos os dias. Nossa amizade já dura três anos e eu, com a delicadeza que me é peculiar, já perguntei se ele estava interessado em outras coisas além de na minha amizade. Situação esclarecida, começamos a cultivar um relacionamento que hoje é uma das maiores alegrias da minha vida. Como costumo dizer para as pessoas que eu amo, a minha vida existiria sem ele, mas não teria um décimo do carinho, da diversão, do apoio e do amor que encontro nele.
 
Quanto à outra teoria, eu só posso rir. Porque tenho duas irmãs que são amigas de doer os ossos, tenho tias que são amigas, tenho a minha mãe, que só não é mais minha amiga por limitações do cargo. E tenho algumas amigas fora da família socialmente convencionada. Não são amigas específicas, do tipo "essa é boa para fazer compras", ou "essa é boa para fofocar". São amigas totais, completas, queridas, amadas e respeitadas.
 
Acabei de me lembrar de uma coisa: quando a minha sobrinha Céci tinha uns três ou quatro anos, ela andava na rua comigo abraçada à minha perna. E dizia: "Nós estamos andando que nem amigas, né, Dada?". Fico emocionada até hoje. Para ela, ser amiga era andar abraçada na rua. Era meio esquisito andar com ela pendurada na minha perna, mas eu fazia questão de sair assim, como "amigas".
 
E esses relacionamentos não vieram parar na minha vida porque eu sou fofa, ou por causa dos meus lindos olhos. Eu mereço cada um deles. Porque eu os cultivo. E essa é a chave. Saber cultivar. Saber estar perto, mas saber também se afastar, quando é necessário. Saber dar amor, mas saber dar broncas também. Saber falar feito uma maritaca, mas saber ouvir como um monge.
 
E amar de verdade. Não é esse amor de propaganda de refrigerante. Amor mesmo, com erros, acertos, vontade de esganar, preocupações, alegrias, comemorações. Amor.
 
FELIZ DIA DOS AMIGOS
PARA TODOS OS MEUS
QUERIDOS AMIGOS!!!
 
 

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