sexta-feira, setembro 30, 2005

DNA

Esse é um assunto dito e redito pelaí. Mas hoje eu estive pensando nisso e me irritando muito, muito, muito.

Primeiro que escrever não é cuspir. Escrever precisa de elaboração, às vezes, de choro, de suor, de raiva, de amor. Um texto não nasce assim, do nada.

Daí uma pessoa começa a escrever. E as palavras que ela escreve encontram eco na cabeça de uma outra pessoa. E aí o encanto se dá: surge um escritor. E esse escritor passa um tempo considerável da sua vida elaborando um estilo. As frases são construídas para caber exatamente o que ele está querendo expressar... às vezes escapole um pouco aqui, outro tanto falta ali, mas a quintessência está. Ponto.

Recebo um texto, destes que rolam pela internet. Fala sobre saudades, amizade, afastamento, celular, e-mail e quetais. E traz uma assinatura: Fernando Pessoa.

TÁQUEOSPA!!! E LÁ EXISTIAM CELULAR E E-MAIL NA ÉPOCA DO FERNANDO PESSOA???

4 comentários:

Anônimo disse...

vc nao esta considerando uma das caracteristicas mais interessantes do Fernando Pessoa:

ele era um visionario!!

Anônimo disse...

Hahahahahahaha... sabe que recebi um mesmo texto lindo 3 vezes. Em cada uma com um autor diferente (um deles assinado pelo próprio remetente do email)
Cris (www.crisb.zip.net)

Alugo apto mobiliado RJ disse...

Cê disse tudo, devem estar se mexendo indignados no caixão:
Clarice Lispector, Drummond, Chaplin, Fernando Pessoa e Shakeaspeare.
Max, essa sua "explicação" foi 10! kakakaka!
Cris, por essa eu ainda não passei, tá faltando! rsss

Branco Leone disse...

Fabby, essa apocrifia que corre solta pela Internet, pra mim, é um de seus mistérios. Porque assinar um texto com o nome de alguém que não seja o autor? Falta de fé no próprio taco? Chancelar um texto com o nome de um medalhão para aumentar a possibilidade de que seja lido? Seja como for, não entendo.
Sobre sua lincada, retribuo-a em seguida. beijo e obrigado.