sexta-feira, junho 06, 2008

Cáspita!

Faz uma cara, hein!!!

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Todas as manhãs, eu vou ao supermercado aqui ao lado para comprar meu café da manhã: um pão frânces e um toddynho fit. Só isso. Eu pego os dois itens, pago, ponho na minha bolsa e vou embora. Não, não pego saquinho plástico. Por isso fiquei conhecida como "a menina que não pega saco plástico".

Parece besteira, né? E é besteira mesmo. Mas o fato é que os caixas não me aceitam tal como eu sou. Eles querem me obrigar a pegar o saquinho. É um estresse matinal, porque eu tenho que ser rápida para pegar o dinheiro na bolsa e, num átimo, pegar o saquinho com o pão e o toddynho. Senão eles colocam tudo num saquinho e ficam me olhando com aquele ar de desafio. Alguns, mais sádicos, colocam o pão em um saquinho e o toddynho em outro.

Em um dia em que eu me sentia mais corajosa, tirei os produtos do saquinho e disse: "Não precisa, obrigada!". A mocinha não se entregou: "Ah, mas já amassou o saquinho".

Como assim, Bial??? Amassou o saquinho? Etiqueta de saquinho agora? Chamem a Glorinha Kalil!

Hoje, eles pediram para o caixa sênior me explicar que o dito saquinho é ecologicamente correto, pois é produzido a partir de vidro reciclado. Ok, mas quem disse que eu estava querendo ser (só) ecologicamente correta? Eu não gosto é de guardar aquele monte de saquinho de plástico.

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Eu fico tão feliz quando vejo as pessoas correndo de manhã cedo. Passando com o meu carro, vejo o povo suando, lá pelas 7h, 7h30... com aquela cara de "tô-usando-sapato-apertado-porra", lógico, porque eu nunca vi um ser humano correndo com um sorriso nos lábios (ok, propaganda da margarina não serve de base).

Fico tranquila, porque sei que alguém no mundo está correndo. Daí ninguém precisa perguntar por que eu não corro. Já tem gente demais fazendo isso.

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sexta-feira, agosto 31, 2007

Para você, querida...



"... e quando eu vejo o mar, existe algo que diz que a vida continua e se entregar é uma bobagem."

quinta-feira, agosto 30, 2007

Flores, pra mim?

Cada um tem a marida que merece. Ela tem lá a história do arroz, mas eu tinha que tentar algo que pelo menos se igualasse. Quase consegui.

Segunda, dia do meu aniversário. A marida me chama para almoçar. Fomos a um restaurante nordestino ali na 404N, o Fulô do Sertão. Quando eu cheguei, ela já estava lá, linda e sorridente. Abraços, beijos, parabéns. Aí, ela fez um gesto largo com o braço e disse, apontando em direção à mesa:

– Pra você, amada!

Eu olhei para a mesa e vi aquele vasinho com uns talinhos enfiados na terra (nem flor tinha). Sabe aquele que a gente compra por 1,99 nas promoções do Carrefour? Peguei o vasinho e agradeci emocionada.

– Ô, amore, obrigada...

– SUA ANTA! Não é isso, é aquilo ali! Isso aí é do restaurante!

E, repousando na cadeira ao lado, o mais lindo arranjo de rosas bicolores que eu já vi na minha vida.

Participação especial do garçom:

– Mas se ela quiser levar esse também, tudo bem. É aniversário, não é?

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Só para eu não ficar parecendo a única pateta da face da terra:

Gumercindo* passa em frente à minha mesa com uma garrafinha vazia na mão. Aí, eu pergunto:

– Gumercindo, você vai buscar água?

– Sim!

– Traz um copo pra mim?

– Sim!

Dois minutos depois, Gumercindo coloca o copo sobre a minha mesa. Vazio.

*O nome foi trocado para garantir o anonimato do cálega, né, David?

terça-feira, agosto 28, 2007

E eis que chega a roda-viva...

Ontem eu fiz aniversário. Adquiri mais um ano para a minha existência. E eu fiz planos de vir até aqui, já que não apareço há mais de um mês. E queria escrever um texto doce, feliz, alegrinho, que nem foi o meu dia ontem, com as pessoas que eu amo muito.

Mas os planos não são todos meus...

Há uns quatro anos, eu li o resultado do exame do meu pai que acusava uma atrofia cerebelar. O médico já havia me adiantado algumas coisas, inclusive que essa doença é degenerativa. Eu fiquei bem triste. E, procurando uma letra de música no Google, fui parar no blog da Karime, o Funny Valentine, que não existe mais. Do Funny, eu fui parar em um outro blog, chamado Drops da Fal. Comecei a ler um texto aqui, outro ali. Quando percebi, já estava há mais de uma hora vasculhando os arquivos, e sentindo o coração menos apertado.

Mandei um e-mail, elogiando os textos. A Fal respondeu na hora. Mandei outro, ela respondeu de novo. De repente, eu estava desabafando com ela, uma estranha, que mora em Sampa. E essa mulher passou a fazer parte da minha vida. E me deu tantas, mas tantas alegrias, que eu não consigo traduzir em palavras a importância dela.

Ontem, enquanto eu estava feliz, rindo com as minhas pessoas mais amadas, a Fal perdia o amor dela, o Alê. E a minha alegria de ontem se esvaziou feito um balão furado. Não perdeu o sentido, vejam bem... se esvaziou.

Fal, minha fulô, minha amada, minha preciosa. Eu não queria estar aí com você. Eu estou. Todos os meus pensamentos, o meu carinho, o meu colo, tudo, tudo, tudo é para você. Porque é tudo o que eu posso fazer. E eu faço tudo por você, Falzita.

terça-feira, julho 03, 2007

Piscadelas

Eu sempre achei que ter filho era um investimento muito alto. Mas, olhem só: o Renan fez um fundo para a educação lá da filha dele com a jornalista e aplicou R$100.000,00. O Roriz, por sua vez, comprou uma novilha por R$300.000,00. Ó dúvida. Mãe ou criadora de gado? Criadora de gado ou mãe? Acho que vou ser senadora.

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Tenho lido um blog muito interessante, por indicação da marida. É o Totalmente sem-Noção. Blog tosco, coisa para estômago forte. Assuntos picantes e bu... deixa pra lá! Adoro o texto dos meninos, mas desconfio muito daquelas palavrinhas coloridas espalhadas. Coisa mais de menininha, pô!

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Existem dores, dizia Fernando, o Pessoa. Concordo. Mas existe o tempo. E esse é o melhor cicatrizante.

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Vou falar de novo, para quem ainda não escutou:

1. Depois dos 30 anos, a gente não tem "tipo", a gente tem oportunidade.

2. Sinceridade é que nem maionese de festa: todo mundo pede achando que vai adorar e depois fica passando mal.

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sábado, junho 23, 2007

Mapa

1. Normalmente eu esqueço, mas tenho uma cicatriz no couro cabeludo. Eu tinha uns 4 anos e morria de medo de entrar em piscina. Um dia, venci o meu medo e entrei em uma piscina rasinha. Fiquei tão confiante que comecei a pular. Escorreguei e rachei a cabeça.

2. Eu tenho algumas rugas de expressão na testa. Um dos muitos hábitos da minha mãe é passar os dedos pela minha testa e dizer "Desfranze!". Eu peguei essa mania. Faço isso com todos os meus amigos.

3. Na minha bochecha esquerda, tenho três sinais. De vez em quando eu pego uma caneta e traço um triângulo. É perfeito.

4. Tenho uma marca no queixo, bem embaixo. Eu tinha uns seis anos, estava brincando em um monte de brita. Saí rolando e, quando cheguei ao chão, uma brita entrou de ponta no meu queixo. Fui parar no hospital. Acho que levei uns dois pontos.

5. Meu pescoço e meus braços são cheios de pintas. Uma das diversões dos meus colegas de escola e de faculdade era ficar brincando de liga-ponto. Eu vivia riscada.

6. Há uns três ou quatro meses fiz uma tatuagem nas costas. Foi uma tatuagem muito pensada, muito planejada. É um coração, envolto em uma fita, com as iniciais dos meus três sobrinhos: Céci, Laila e Noah. Meus amores eternos.

7. Um dia, eu senti uma dor emocional muito forte, fiquei muito triste mesmo. Não sei se foi coincidência, mas no mesmo dia apareceu um machucadinho no meu seio esquerdo. Não cresceu. Ficou uma marquinha pequena, que já está sumindo.

8. Tenho duas manchas brancas, uma de cada lado da barriga. Nasci com elas. Quando eu era criança, minha mãe dizia que eram duas folhas.

9. No meu umbigo, tem a cicatriz de uma videolaparoscopia. Na diagonal, mais ou menos uns três dedos abaixo, tem outra. Deu quelóide.

10. Tenho uma marca de catapora perto daqueles dois furinhos que ficam no início da bacia, por trás.

11. Na banda esquerda do bumbum, eu tenho uma marca. Eu caí um dia da cama e machuquei. Não gosto muito de lembrar esse dia. Fico triste.

12. Meu joelho é todo marcado das quedas que já levei. Foram muitas.

13. Meus pés são um caso exclusivo. Não tenho pele nos pés. Tenho papel de arroz, que rasga facilmente. Bolhas aos montes, calcanhar que resseca e, na sola, entre o dedão e o segundo dedo, meus calos de pirueta. Fui dançarina e já fiz muitas apresentações descalça.

Essas são as marcas externas. As internas... essas andam em constante cicatrização.

terça-feira, junho 05, 2007

Olhando de leve

Alguém já preparou, assim, uma festa para trinta pessoas e só apareceram dez? E sobrou um monte de comida?

Mais ou menos no mesmo caminho de raciocínio, alguém aí já preparou um amor bem legal, duplex, cama, mesa e banho e ninguém apareceu? E aí sobrou um monte de sentimento?

Nada não... só pensando.

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Era uma terça-feira quando o meu médico de cabeça ligou (o neuro):

- Oi, Fabrícia! Tudo bem com você? Há quanto tempo!
- Oi, doutor! Pois é... tempo, né?
- Você está bem? E a família? Muito trabalho? Muito estudo?
- Tudo certinho doutor, e com o senhor?
- Eu estou bem... e, por falar em mim, hoje eu recebi o resultado de uma pesquisa que levanta a suspeita de que o remedinho que eu passei para você causa um probleminha na válvula do coração...
- COMO?????
- Ah, não é nada, não! Pelo que eu concluí é só em pessoas idosas, que tomam altas doses. Só para tirar a prova, já prescrevi um ecocardiograma. Você pode vir aqui pegar hoje?
- Pode ser amanhã, dout...
- Não, hoje!!!
- Tá bom... vou hoje...

Ri me levou direitinho ao consultório, fez as gracinhas de sempre com a mocinha da recepção, ouviu o barulho de Pato Donald que o meu coração faz e voltamos para casa.

Hoje fui pegar o resultado. Coração normal. Sei... e quem acredita?

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Ontem tive um siricotico de depressão com o James. Falei, falei, gesticulei teatralmente, quase chorei. E disse: "Tenho que me segurar, porque tenho uma forte tendência à depressão". Mereço uma taca, não?

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Assisti a "A Pele". Gente, eu amo o Robert Downey Jr. Peludo, pelado, de frente, de costas, limpo, drogado. Eu amo aquele homem. Recomendo o filme. Tem o estilo de que eu gosto.

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Kika foi. Kika foi a São Paulo. Kika foi a São Paulo e trouxe para mim um catálogo. Kika foi a São Paulo e trouxe para mim um catálogo da exposição da "salve-salve-aleluia" Clarice, a Lispector. Não quero parecer interesseira ou materialista, mas meu amor por Kika aumentou uns doze pontos. E, agora que sou uma feliz proprietária de um cartão Gol, de repente me dá a louca e eu vou a Sampa só para ver Clarice.

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Eu sempre quis um amor de cinema. Sempre quis grandes dramas e cenas inesquecíveis. Falas marcantes. Só me esqueci de pedir o roteirista certo. Putztanga!

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quinta-feira, maio 10, 2007

Família Gouveia-Pflüger foi embora. Choradeira no aeroporto, é lógico. E Lailoca dizendo:

_ Não chorrra, dina. Eu volto amanhã, tá bom?

Ou ainda:

_ Eu gosto muito, muito de você, dina.

Laila, eu sinto muito, mas você não está ajudando.

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Sheilinha, amore, estou tentando parar de comer carne vermelha. E amanhã vou começar a beber kefir. Espero sobreviver... :P

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"Não se pode amar e ser feliz ao mesmo tempo", já dizia mestre Nelson Rodrigues.

Eu acho que...

... nunca tive a capacidade de achar graça em pessoas preconceituosas e burras.

... se uma mulher quer colocar silicone, pagar cofrinho por aí, sair sem calcinha e mostrar as parte é problema dela e não meu.

... tentar ofender alguém usando palavras de teor sexual é trabalho de uma mente limitada.

... enquanto as próprias mulheres se colocarem a favor de pessoas que falam mal das mulheres, a violência contra o nosso sexo continuará crescendo absurdamente.

... os parlamentares deveriam ganhar apenas por projetos que demonstram ter alguma utilidade social. Ou, então, ganhar um salário mínimo e meio.

... a medida da ofensa não é inversamente proporcional à reação do ofendido.

... o Clodovil perdeu [mais] uma chance de se calar.

terça-feira, abril 17, 2007

Carnaval

Todas as vezes que eu decido virar vegetariana, bate uma vontade incontrolável de comer carne. Eu posso até passar semanas sem comer carne vermelha, mas basta eu pensar em deixar de comer carne vermelha é batata: fico com desejo de mastigar um bifão.

Sei de todos os benefícios que um tempo sem carne vermelha pode me trazer. Mas é mais forte do que eu.

Por outro lado, ontem eu eliminei toda e qualquer possibilidade de comer fois gras. Assisti a um programa na Record que mostrou como os patinhos e os gansinhos são selecionados, estufados e mortos.

Sim, eu sei. Os boizinhos e as vaquinhas não morrem dormindo... eu sei. Mas ainda não consigo largar a carne vermelha. Quem sabe um dia?

quinta-feira, abril 12, 2007

Experiências experimentadas

O mundo é um lugar estranho, muito estranho. Os elevadores daqui do Banco são mais velhos do que eu (obrigada aí a quem pensou "Ah, então são novinhos!". A quem pensou qualquer coisa diferente disso, desejo uma dor de barriga de três dias). Conta a lenda que eles estão sendo trocados, mas, até agora, a rotina de espera continua a mesma: 5, 7, até 10 minutos. E eu não gosto de descer pela escada porque fico muito tonta.

Aí eu pensei (ui!): todas as vezes que eu estou tirando um verdinho do dente com a unha do mindinho ou então arrumando a calcinha ou o soutian, o elevador se abre. Fiz um teste. Fingi que tirava um verdinho do dente com a unha do mindinho, puxei o elástico da calcinha duas vezes, estalando, ajeitei o soutian... e nada. O elevador não apareceu. Desci de escada, fiquei tonta e quase torci o pé.

O mundo é um lugar estranho...

terça-feira, abril 10, 2007

Amar a(à) distância

Você sabe que eu te amo, não sabe? E que, em um mundo perfeito, esse amor seria eterno. Mas o mundo não é perfeito. É um mundo de bosta. E no meio desse mundo de bosta, meu amor se perde e deixa de ser eterno.

Eu, que queria dormir e acordar contigo todos os dias, que queria confortar tuas dores, sorrir contigo, segurar a tua mão na rua, me ver nos teus olhos, eu, que sempre quis essas coisas todas e muito mais, tenho que me contentar com um telefone mudo, com uma caixa postal sem mensagens e com uma cama grande, vazia e fria.

Tenho medo de me perder de ti. Tenho medo de não ser a personagem da história de amor que escrevi para mim. Tenho medo de um dia acordar e não te procurar mais ao lado.
E se eu sair para a rua e, de repente, perceber que o meu coração não dói mais? E se eu trocar olhares com alguém e me imaginar tocando esse alguém? E se eu entender que existe vida sem ti?

Meu desenho vai se apagando aos poucos. Não lembro mais o teu cheiro, nem o teu toque. E tenho medo. Muito mais por mim do que por ti.