É, a "mudernidade" tem dessas coisas. Acontece que ontem eu cheguei a minha casa e encontrei minha irmã com cara de enterro.
Ela: Tenho uma coisa muito triste para te contar.
Eu: Quem morreu???
Ela: Ninguém! Eu, hein! É que eu perdi o meu celular.
Acontece que o dito celular foi um presente de eu pra ela. Bonitinho, pequenininho. Parece que ela o esqueceu na lanchonete dos Correios e não achou mais.
Passou o dia ontem ligando para o celular. Caixa postal direto. Avisou que eu precisava ligar para a Vivo e bloqueá-lo, pois ele está no meu nome.
Hoje alguém atendeu o celular. Um tal de Zé. Disse que comprou o aparelho na rodoviária. Minha amiga Lê ficou assombrada com a rapidez do moço amigo do alheio. E eu me senti personagem de uma crônica de LFV.
Para bloquear a linha, eu preciso mandar um fax com um monte de letrinhas: BO, CPF, RG, NF e NS. Em cinco dias. Para desbloquear, pelo que eu entendi, basta alguém ligar...
Tô quase ligando para o Zé e fazendo um acordo...
sexta-feira, junho 25, 2004
Saiu na chuva...
Eu disse que não queria falar sobre isso, mas não consegui conter a minha grande boca. Então, como diria o saudoso Vicente Matheus, "quem está na chuva é para se queimar".
A pedidos:
O Analfabeto Político
Bertold Brecht
O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.
*****************************************************************************
E esse analfabeto não é necessariamente aquele que não sabe ler, que não consegue interpretar um texto, que não sabe assinar o próprio nome. É também aquele que não se informa (como o texto diz, magistralmente). Aquele que vai empurrando com a barriga, que vai fazendo piada. Aí, quando a situação chega a um ponto – previsível, diga-se de passagem – insustentável, o analfabeto político "desperta" para a política. E desanda a fazer críticas que não têm fundamento.
Se não, vejamos:
Proer (alguém aí se lembra dessa vergonha???)
Salário mínimo de R$160,00
Risco-Brasil a mais de 1.000 pontos
Projeto Sivam
Privatização do Sistema Telebrás e da Vale do Rio Doce
Aprovação da reeleição
Nicolalau e o TRT paulista
Os precatórios do DNER
Marka/FonteCindam
O uso da Base de Alcântara pelos EUA
A biopirataria
Sr. Eduardo Jorge...
O rombo (opss) da Sudam
O Fundef, meu Deus, o Fundef
E o apoio a Fujimori??
****************************************************************************
E existe muito mais...esses casos foram os mais recentes, de uns oito anos para cá.
Por isso eu digo que não votei no Lula esperando soluções mágicas. Por que eu não quero soluções mágicas.
O governo do PT está pisando na bola? Sim. Está errando em tudo? De forma alguma.
Não assinei um cheque em branco para o Lula. Sei que vou criticar esse governo, mas também vou saber valorizar seus acertos. Porque eu quero que dê certo. Para mim, como cidadã. Para o país. E sinto vergonha desta oposição, formada de analfabetos políticos, que não hesitam em prejudicar o país em nome de uma supremacia "para inglês ver".
Ah, e antes que alguém toque no assunto: o PT já foi oposição sim. E nem sempre eu concordei com as posturas do partido. Não concordo com a infantilidade do "se você já fez, eu também posso fazer...lálálá...bruuuuu".
A pedidos:
O Analfabeto Político
Bertold Brecht
O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.
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E esse analfabeto não é necessariamente aquele que não sabe ler, que não consegue interpretar um texto, que não sabe assinar o próprio nome. É também aquele que não se informa (como o texto diz, magistralmente). Aquele que vai empurrando com a barriga, que vai fazendo piada. Aí, quando a situação chega a um ponto – previsível, diga-se de passagem – insustentável, o analfabeto político "desperta" para a política. E desanda a fazer críticas que não têm fundamento.
Se não, vejamos:
Proer (alguém aí se lembra dessa vergonha???)
Salário mínimo de R$160,00
Risco-Brasil a mais de 1.000 pontos
Projeto Sivam
Privatização do Sistema Telebrás e da Vale do Rio Doce
Aprovação da reeleição
Nicolalau e o TRT paulista
Os precatórios do DNER
Marka/FonteCindam
O uso da Base de Alcântara pelos EUA
A biopirataria
Sr. Eduardo Jorge...
O rombo (opss) da Sudam
O Fundef, meu Deus, o Fundef
E o apoio a Fujimori??
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E existe muito mais...esses casos foram os mais recentes, de uns oito anos para cá.
Por isso eu digo que não votei no Lula esperando soluções mágicas. Por que eu não quero soluções mágicas.
O governo do PT está pisando na bola? Sim. Está errando em tudo? De forma alguma.
Não assinei um cheque em branco para o Lula. Sei que vou criticar esse governo, mas também vou saber valorizar seus acertos. Porque eu quero que dê certo. Para mim, como cidadã. Para o país. E sinto vergonha desta oposição, formada de analfabetos políticos, que não hesitam em prejudicar o país em nome de uma supremacia "para inglês ver".
Ah, e antes que alguém toque no assunto: o PT já foi oposição sim. E nem sempre eu concordei com as posturas do partido. Não concordo com a infantilidade do "se você já fez, eu também posso fazer...lálálá...bruuuuu".
quarta-feira, junho 23, 2004
Conto de Fadas
Eu não gosto de falar sobre isso. Tenho evitado a todo custo, mas agora eu quero deixar registrada a minha opinião para poder vir checá-la daqui a alguns anos.
Eu votei no Lula. Lucidamente. Não fui enganada por nenhuma promessa, não me iludi com imagens de um país justo e perfeito em um piscar de olhos. Sabia da equipe fraca, da possibilidade de um início claudicante. E que eu concordaria com algumas coisas e discordaria de outras (alguns chamam a isso de "livre pensar"). Por isso tudo, acho de uma falta de noção sem tamanho as pessoas que se dizem "traídas pelo PT". Vi militantes ferrenhos, os chamados petistas xiitas, rasgando as carteirinhas, com lágrimas nos olhos. Deu vontade de perguntar o que eles esperavam desse governo. Aliás, o que esperam de todos os governos? A própria palavra – esperar – já traz em si uma atitude passiva.
Cheguei à conclusão de que preciso viver apesar dos governos. FHC, com todos os seus técnicos e burocratas, deixou o país no caos que todos sabem. Desmantelou a saúde, a telefonia, a economia. E agora tem todas as soluções que não colocou em prática durante os oito anos em que esteve no poder. E enche os pulmões, e critica, e formula planos brilhantes para resolver todos os problemas. Inclusive os sociais, que ele, um sociólogo, não minorou nos oito anos em que esteve com o cetro na mão.
Vem a questão do mínimo. A oposição, de maneira idiota e irresponsável, tenta aumentar o valor. Tudo bem para as grandes empresas, que têm lucros indecentes, mas vamos imaginar como uma prefeitura do interior do país vai fazer para honrar sua folha de pagamento. E as viúvas do PT batem palmas. Acham lindo que o governo sofra essa derrota. É como a história do escorpião. Não se pode mudar a natureza. No nosso caso, a natureza de ignorantes políticos. De acordo com um mocinho que andou por aí falando coisas interessantes, esse é o pior tipo.
Eu votei no Lula. Lucidamente. Não fui enganada por nenhuma promessa, não me iludi com imagens de um país justo e perfeito em um piscar de olhos. Sabia da equipe fraca, da possibilidade de um início claudicante. E que eu concordaria com algumas coisas e discordaria de outras (alguns chamam a isso de "livre pensar"). Por isso tudo, acho de uma falta de noção sem tamanho as pessoas que se dizem "traídas pelo PT". Vi militantes ferrenhos, os chamados petistas xiitas, rasgando as carteirinhas, com lágrimas nos olhos. Deu vontade de perguntar o que eles esperavam desse governo. Aliás, o que esperam de todos os governos? A própria palavra – esperar – já traz em si uma atitude passiva.
Cheguei à conclusão de que preciso viver apesar dos governos. FHC, com todos os seus técnicos e burocratas, deixou o país no caos que todos sabem. Desmantelou a saúde, a telefonia, a economia. E agora tem todas as soluções que não colocou em prática durante os oito anos em que esteve no poder. E enche os pulmões, e critica, e formula planos brilhantes para resolver todos os problemas. Inclusive os sociais, que ele, um sociólogo, não minorou nos oito anos em que esteve com o cetro na mão.
Vem a questão do mínimo. A oposição, de maneira idiota e irresponsável, tenta aumentar o valor. Tudo bem para as grandes empresas, que têm lucros indecentes, mas vamos imaginar como uma prefeitura do interior do país vai fazer para honrar sua folha de pagamento. E as viúvas do PT batem palmas. Acham lindo que o governo sofra essa derrota. É como a história do escorpião. Não se pode mudar a natureza. No nosso caso, a natureza de ignorantes políticos. De acordo com um mocinho que andou por aí falando coisas interessantes, esse é o pior tipo.
quinta-feira, junho 17, 2004
Exercitando o coração
O coração é um músculo, certo? O meu eu exercito com bons sentimentos. Sou uma marombeira emocional.
Ontem, vivi uma das maiores emoções da minha vida. Minha irmã veio de surpresa, lá da Alemanha, trazendo a minha sobrinha-afilhada. O coração fez umas trezentas flexões em um minuto.
Como é possível transferir tanto amor de uma pessoa para outra? Amo a minha sobrinha pelo amor que tenho pela minha irmã. Quando a Céci (minha primeira sobrinha) nasceu, eu fiquei pensando se seria possível amar tanto outra criança como eu a amava. Eu a reconheço pelo cheiro, sei pelo tom da sua voz se o dia na escolinha foi bom ou não. E tenho um desejo tão forte de que ela seja feliz, que às vezes enfio os pés pelas mãos. (Só para constar: minha irmã mais velha, a mãe da Céci, não me deixa mais levá-la para ver o Papai Noel. Só porque eu sempre brigo com as outras mães que ficam tentando furar fila.) Sinto que vai ser igual com a Laila. Meu coração ficou colorido quando a vi pela primeira vez. Já conheço o cheirinho da pele dela. Foi paixão à primeira vista. Para sempre...
Ontem, vivi uma das maiores emoções da minha vida. Minha irmã veio de surpresa, lá da Alemanha, trazendo a minha sobrinha-afilhada. O coração fez umas trezentas flexões em um minuto.
Como é possível transferir tanto amor de uma pessoa para outra? Amo a minha sobrinha pelo amor que tenho pela minha irmã. Quando a Céci (minha primeira sobrinha) nasceu, eu fiquei pensando se seria possível amar tanto outra criança como eu a amava. Eu a reconheço pelo cheiro, sei pelo tom da sua voz se o dia na escolinha foi bom ou não. E tenho um desejo tão forte de que ela seja feliz, que às vezes enfio os pés pelas mãos. (Só para constar: minha irmã mais velha, a mãe da Céci, não me deixa mais levá-la para ver o Papai Noel. Só porque eu sempre brigo com as outras mães que ficam tentando furar fila.) Sinto que vai ser igual com a Laila. Meu coração ficou colorido quando a vi pela primeira vez. Já conheço o cheirinho da pele dela. Foi paixão à primeira vista. Para sempre...
domingo, junho 13, 2004
Da série "Hipocrisia Pouca É Bobagem" ou "Eu Faço Isso Também"
Eu chamei uma pessoa que eu não conheço de "querida". Sempre achei rodículo quem chama os outros de "querida", "fofa" e palavras afins. Mas, de uns tempos para cá, dei de chamar os outros de "meu anjo". É o garçom, o flanelinha, o mocinho do caixa...tudo bem, eu justificava que "meu anjo" guardava alguma coisa de esotérica, que não era brega que nem "querida" ou "fofa". ONDE ESTÃO MINHAS AMIGAS NESSAS HORAS???
Mas hoje eu chamei a mocinha do caixa do estacionamento de "querida". Será que é alguma influência do tempo? É que aqui em Brasília está fazendo um frio...nãããooo...é breguice em estado puro. Toma jeito, mulher!!
**************************************************
Expotchê com Bel e Edna. Saldo: três expressos, um sapatinho tipo assim, tênis, e uma caixa de chocolate que o meu lado ingênuo acreditou vir direto de Gramado. Muitos casacos de couro. Uma cantadinha discreta do mocinho do café. A quem eu chamei de "meu anjo", é claro.
***************************************************
Vejam bem como é difícil iniciar um relacionamento: hoje, e somente hoje, eu precisava ganhar um Santo Antônio (não podia comprar, não, não) e praticar técnicas de tortura chinesa com ele (tirar a criança que ele traz nos braços, colocá-lo de cabeça para baixo dentro d'água). Ok, a girl has to do what she has to do, mas, olha só: deu preguiça. Depois eu reclamo...
Mas hoje eu chamei a mocinha do caixa do estacionamento de "querida". Será que é alguma influência do tempo? É que aqui em Brasília está fazendo um frio...nãããooo...é breguice em estado puro. Toma jeito, mulher!!
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Expotchê com Bel e Edna. Saldo: três expressos, um sapatinho tipo assim, tênis, e uma caixa de chocolate que o meu lado ingênuo acreditou vir direto de Gramado. Muitos casacos de couro. Uma cantadinha discreta do mocinho do café. A quem eu chamei de "meu anjo", é claro.
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Vejam bem como é difícil iniciar um relacionamento: hoje, e somente hoje, eu precisava ganhar um Santo Antônio (não podia comprar, não, não) e praticar técnicas de tortura chinesa com ele (tirar a criança que ele traz nos braços, colocá-lo de cabeça para baixo dentro d'água). Ok, a girl has to do what she has to do, mas, olha só: deu preguiça. Depois eu reclamo...
Agora é só ladeira abaixo...
Acabou-se tudo: minha auto-estima, meu orgulho. Agora as crianças podem rir de mim, os cachorros podem fazer xixi no meu pé, urubu pode me chamar de minha nêga. Podem expor minhas intimidades, comentar sobre a minha aparência, diminuir minha capacidade intelectual.
UMA AMIGA MINHA SAIU NAQUELAS FOTINHAS DE EVENTOS DE CARAS!!!!!!!!
MEU MUNDO CAIU!!! VOU ALI ENCHER A CARA!!!
UMA AMIGA MINHA SAIU NAQUELAS FOTINHAS DE EVENTOS DE CARAS!!!!!!!!
MEU MUNDO CAIU!!! VOU ALI ENCHER A CARA!!!
sábado, junho 12, 2004
Senhoras e senhores, a música da minha vida:
MAIS SIMPLES
É sobre-humano amar
'cê sabe muito bem
É sobre-humano amar, sentir,
Doer, gozar
Ser feliz
Vê quem sou eu quem te diz
Não fique triste assim
É soberano e está em ti querer até
Muito mais
A vida leva e traz
A vida faz e refaz
Será que quer achar
Sua expressão mais simples?
Mas deixa tudo e me chama
Eu gosto de te ter
Como se já não fosse a coisa mais humana
Esquecer
É sobre-humano viver
E como não seria
Sinto que fiz esta canção em parceria
Com você
A vida leva e traz
A vida faz e refaz
Será que quer achar
Sua expressão mais simples?
MAIS SIMPLES
É sobre-humano amar
'cê sabe muito bem
É sobre-humano amar, sentir,
Doer, gozar
Ser feliz
Vê quem sou eu quem te diz
Não fique triste assim
É soberano e está em ti querer até
Muito mais
A vida leva e traz
A vida faz e refaz
Será que quer achar
Sua expressão mais simples?
Mas deixa tudo e me chama
Eu gosto de te ter
Como se já não fosse a coisa mais humana
Esquecer
É sobre-humano viver
E como não seria
Sinto que fiz esta canção em parceria
Com você
A vida leva e traz
A vida faz e refaz
Será que quer achar
Sua expressão mais simples?
sexta-feira, junho 11, 2004
Do que é feito o amor?
Quantas pessoas estão andando agora pela cidade totalmente sós? Estou incluindo nessa pergunta aquelas que já compraram presentes para amanhã. Quantas pessoas estão vivendo a tal "solidão a dois" da qual Cazuza falava?
Estou só, você aí está só, estamos todos sós. Hilke já dizia isso. Estamos todos sós. E isso precisa ser exatamente ruim?
Chego aos 34 anos sem saber direito quem sou. Não cumpri metade dos planos que fiz, sei lá, aos 18, 19 anos. Mas àquela época eu era uma outra pessoa. Eu acreditava que bastava ser amada, que dessa forma tudo se ajeitaria. Bom, dois noivados e vários namoros unilaterais depois, percebo que nem todo amor é capaz. Que mais vale uma simpatia compartilhada do que uma louca paixão de mão única.
Quem sabe não é época de fazer novos planos? Planos de uma mulher de 34 anos, agora. Uma mulher que não sabe de tudo, mas que quer, de verdade, aprender. Uma mulher que não é só amores, que é filha, irmã, tia, amiga, profissional.
Talvez seja isso...ou talvez seja a TPM...vai saber!
Estou só, você aí está só, estamos todos sós. Hilke já dizia isso. Estamos todos sós. E isso precisa ser exatamente ruim?
Chego aos 34 anos sem saber direito quem sou. Não cumpri metade dos planos que fiz, sei lá, aos 18, 19 anos. Mas àquela época eu era uma outra pessoa. Eu acreditava que bastava ser amada, que dessa forma tudo se ajeitaria. Bom, dois noivados e vários namoros unilaterais depois, percebo que nem todo amor é capaz. Que mais vale uma simpatia compartilhada do que uma louca paixão de mão única.
Quem sabe não é época de fazer novos planos? Planos de uma mulher de 34 anos, agora. Uma mulher que não sabe de tudo, mas que quer, de verdade, aprender. Uma mulher que não é só amores, que é filha, irmã, tia, amiga, profissional.
Talvez seja isso...ou talvez seja a TPM...vai saber!
quarta-feira, maio 05, 2004
Pimenta
E quem será, hein, gente, o deputado federal que foi flagrado transando com o seu (dele!) assessor no banheiro de uma boate famosa aqui de Brasília? Dizem que um monte de gente testemunhou a cena. Quem levantou a "questã" foi a Paula Santana, colunista do Jornal de Brasília. E eu fiquei com a pulga atrás da orelha.
E não me venham com esta história de o-que-você-tem-a-ver-com-isso, porque eu sou curiosa mesmo.
E não me venham com esta história de o-que-você-tem-a-ver-com-isso, porque eu sou curiosa mesmo.
terça-feira, maio 04, 2004
Quintana, para acalmar o coração
Dos nossos males
A nós bastem nossos próprios ais,
Que a ninguém sua cruz é pequenina.
Por pior que seja a situação da China,
Os nossos calos doem muito mais...
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Discordar, quem há de??
A nós bastem nossos próprios ais,
Que a ninguém sua cruz é pequenina.
Por pior que seja a situação da China,
Os nossos calos doem muito mais...

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Discordar, quem há de??
quinta-feira, abril 29, 2004
Tapioca
Para as gentes de Brasília.
Vão, vocês não podem deixar de ir. É lá na 311N, segundo bloco da W3 para baixo. Chama Sabor do Sertão (eu acho...só tenho certeza do Sertão...). É uma tapiocaria. M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-A!!!!
Eu, "enquanto pessoa e a nível de paraense" sou uma expert no assunto. Quando recebi o convite para ir até lá, pensei: "Ihhh, outro povo que faz uma panqueca de polvilho e jura que está comendo tapioca". Mas, felizmente, quebrei a cara. Provei duas: uma de queijo coalho e carne de sol desfiada e outra de leite condensado e coco. De comer chorando de rir. Muito bom. Os sucos também são deliciosos. Tem de cupuaçu, de graviola, de cajá e por aí vai. O atendimento é bem peculiar. O garçom (é, só tem um) é um doce. Fiquei encantada.
Vão logo, gostem e falem bem. Vamos fazer propaganda do que é bom.
************************************************************************************************
Meu anjinho, eu amo você. O que não significa que concordo com as suas opiniões. E isso é o melhor. Porque amo a sua essência, amo tudo aquilo que faz você ser o que você é. E a essência de uma pessoa não muda. Opiniões mudam.
Vão, vocês não podem deixar de ir. É lá na 311N, segundo bloco da W3 para baixo. Chama Sabor do Sertão (eu acho...só tenho certeza do Sertão...). É uma tapiocaria. M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-A!!!!
Eu, "enquanto pessoa e a nível de paraense" sou uma expert no assunto. Quando recebi o convite para ir até lá, pensei: "Ihhh, outro povo que faz uma panqueca de polvilho e jura que está comendo tapioca". Mas, felizmente, quebrei a cara. Provei duas: uma de queijo coalho e carne de sol desfiada e outra de leite condensado e coco. De comer chorando de rir. Muito bom. Os sucos também são deliciosos. Tem de cupuaçu, de graviola, de cajá e por aí vai. O atendimento é bem peculiar. O garçom (é, só tem um) é um doce. Fiquei encantada.
Vão logo, gostem e falem bem. Vamos fazer propaganda do que é bom.
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Meu anjinho, eu amo você. O que não significa que concordo com as suas opiniões. E isso é o melhor. Porque amo a sua essência, amo tudo aquilo que faz você ser o que você é. E a essência de uma pessoa não muda. Opiniões mudam.
quarta-feira, abril 28, 2004
Bocozices
Eu sou uma pessoa de reações estranhas. Na primeira última vez que a minha irmã me mandou à merda, eu chorei uns três dias seguidos. Tenho dessas coisas, de coração à flor da pele, capaz de se machucar com qualquer coisa. Mas é só com quem eu gosto muito.
Um medo enorme que eu sinto é das ditas convenções sociais e legais. Morro de medo de fazer alguma coisa que seja contra a moral e os bons costumes (pelo menos em público). Contrariar a lei vigente, então, nem se fala. Eu não faço nem retorno na contramão às três da manhã. Pinta um pavor meio Kafka de de repente ser condenada, presa, esquecida em uma masmorra fria e úmida.
Conseqüência: vejo um monte de fotinhas lindas pela web, mas não me atrevo a colocá-las aqui por causa dos tais direitos protegidos. Todas as imagens que usei são inofensivas, creio eu.
Aí, vou fazer uma visita à minha amiga Fal e fico sabendo que uma pessoa escreveu porcas e parafusos para ela, acusando-a de roubar imagens e textos. Inclusive, por uma graça da vida, o texto é da própria Fal.
Pergunta: por que as pessoas se preocupam tanto com esses tais de direitos? Tudo bem. Se eu um dia aloprar, pegar umas fotos do Sebastião Salgado, uns textos do Neruda, umas gravuras do Miró e sair por aí dizendo que eu que tirei, escrevi, desenhei e ainda vender, podem me prender naquela masmorra fria e úmida e jogar a chave fora. Mas, quando uma pessoa usa um texto ou uma imagem e dá os créditos para o autor, que mal há?
Um artista de verdade, um esteta, tem prazer em ver sua obra admirada e invejada (pq não?). Mas não é – e eu quero ser bem enfática nisso que vou dizer – um agenciador da beleza de sua arte. Ganhar dinheiro com o belo é justificável, mas produzir coisas feias em nome do belo é imperdoável.
Mocinha do nome de quatro letras, vá gastar o seu tempo em coisas mais produtivas.
Fal, minha meliante adorada, estou com vc até o amargo fim...rs...
Um medo enorme que eu sinto é das ditas convenções sociais e legais. Morro de medo de fazer alguma coisa que seja contra a moral e os bons costumes (pelo menos em público). Contrariar a lei vigente, então, nem se fala. Eu não faço nem retorno na contramão às três da manhã. Pinta um pavor meio Kafka de de repente ser condenada, presa, esquecida em uma masmorra fria e úmida.
Conseqüência: vejo um monte de fotinhas lindas pela web, mas não me atrevo a colocá-las aqui por causa dos tais direitos protegidos. Todas as imagens que usei são inofensivas, creio eu.
Aí, vou fazer uma visita à minha amiga Fal e fico sabendo que uma pessoa escreveu porcas e parafusos para ela, acusando-a de roubar imagens e textos. Inclusive, por uma graça da vida, o texto é da própria Fal.
Pergunta: por que as pessoas se preocupam tanto com esses tais de direitos? Tudo bem. Se eu um dia aloprar, pegar umas fotos do Sebastião Salgado, uns textos do Neruda, umas gravuras do Miró e sair por aí dizendo que eu que tirei, escrevi, desenhei e ainda vender, podem me prender naquela masmorra fria e úmida e jogar a chave fora. Mas, quando uma pessoa usa um texto ou uma imagem e dá os créditos para o autor, que mal há?
Um artista de verdade, um esteta, tem prazer em ver sua obra admirada e invejada (pq não?). Mas não é – e eu quero ser bem enfática nisso que vou dizer – um agenciador da beleza de sua arte. Ganhar dinheiro com o belo é justificável, mas produzir coisas feias em nome do belo é imperdoável.
Mocinha do nome de quatro letras, vá gastar o seu tempo em coisas mais produtivas.
Fal, minha meliante adorada, estou com vc até o amargo fim...rs...
terça-feira, abril 27, 2004
Finas ervas
Da série "E o que isso tem a ver comigo?", preciso declarar a todos a minha paixão pelo alecrim. Amo aquela erva. Faço apologia mesmo. Se fosse possível, fumaria unzinho de alecrim todos os dias.
Uma coisa que me encanta, e que não quero perder nunca, é a capacidade de associar cheiros e sabores a momentos especiais. Uma pessoa da minha vida tem gosto de goiabada com pão. Outra sempre me vem à memória quando tomo sorvete de coco. Todos os incensos me fazem pensar na minha irmã mais velha. E, quando a minha irmã caçula vem para o Brasil, gosto de dormir cheirando os cabelos dela.
Alecrim é a minha avó. Brinco com ela dizendo que ela não tem cara de vó. Magrinha, pequenina, toda espevitada. Um poço de mágoas cinqüentenárias, uma fonte de sabedoria atemporal. Fez faculdade com mais de sessenta anos, mora em um sítio, sonha com um muro. Foi com ela que aprendi que o suco da casca de abacaxi é mais gostoso do que o feito com a polpa. Ela que não dorme, que só olha para dentro. Que toma um cafezinho preto antes do café da manhã. Que está sempre lá. Sempre. Que fez a minha mãe chorar quando veio a Brasília para cuidar do meu pai, enquanto a minha mãe ia cuidar da minha irmã, que tinha tido a Laila. Uma família de mulheres cuidadoras. Minha avó. Que teve seis filhas, que criou seis filhas, que educou e formou seis filhas. Cuida de plantas, conhece ervas e tem um carinho especial para cada neto. Minha vóvis. Meu colo. Meu espelho.

Uma coisa que me encanta, e que não quero perder nunca, é a capacidade de associar cheiros e sabores a momentos especiais. Uma pessoa da minha vida tem gosto de goiabada com pão. Outra sempre me vem à memória quando tomo sorvete de coco. Todos os incensos me fazem pensar na minha irmã mais velha. E, quando a minha irmã caçula vem para o Brasil, gosto de dormir cheirando os cabelos dela.
Alecrim é a minha avó. Brinco com ela dizendo que ela não tem cara de vó. Magrinha, pequenina, toda espevitada. Um poço de mágoas cinqüentenárias, uma fonte de sabedoria atemporal. Fez faculdade com mais de sessenta anos, mora em um sítio, sonha com um muro. Foi com ela que aprendi que o suco da casca de abacaxi é mais gostoso do que o feito com a polpa. Ela que não dorme, que só olha para dentro. Que toma um cafezinho preto antes do café da manhã. Que está sempre lá. Sempre. Que fez a minha mãe chorar quando veio a Brasília para cuidar do meu pai, enquanto a minha mãe ia cuidar da minha irmã, que tinha tido a Laila. Uma família de mulheres cuidadoras. Minha avó. Que teve seis filhas, que criou seis filhas, que educou e formou seis filhas. Cuida de plantas, conhece ervas e tem um carinho especial para cada neto. Minha vóvis. Meu colo. Meu espelho.
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