quarta-feira, outubro 20, 2004

Eu sou... eu estou...

Outro dia eu recebi uma mensagem do Guilherme, de BH, dizendo que gostou da frase que eu coloquei no meu perfil do iogurte. Eu escrevi que não podia me descrever porque, aos 35 anos, estava descobrindo que sou totalmente diferente do que eu imaginava ser.

Antes eu queria caber no mundo. Queria ter o cabelo certo, o corpo certo, a roupa certa, a voz certa, o salário certo. Hoje, quero que o mundo caiba em mim. Quero o pensamento correto, a mente sã, a espinha reta, o coração preparado para aceitar e todo o amor a que eu tenho direito, ou seja: quero VIDA.

E que sigam-me os bons!!

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Estava eu vindo para o trabalho, quando recebi um presente, assim, do nada. Passei por uma mocinha que me deu uma encarada. Aí, eu olhei para ela também. Dei dois passos, ela também. Virei, ela também. Disse: "Diândria!", e ela disse: "Fabrícia!". Ex-aluna, pessoa querida, daquelas sobre as quais você quer saber sempre. Eu nem acreditava que estava ali, vendo uma figurinha tão amada. Podendo abraçar, beijar. E o melhor: trabalhamos no mesmo lugar. Ela pela manhã, como estagiária. Eu à tarde, como revisora.

Fiquei feliz. Como? Bobagem? E se eu encontrasse uma pessoa de quem não gosto? Quantas vezes você aí, é, você mesmo, disse a frase: "Encontrei fulano(a) hoje. Estragou o meu dia!"? Pois é. Eu prefiro contabilizar as minhas alegrias...

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Kika, amole, ver você feliz me faz um bem!!! Fé na vida e pé na tábua! Fazemos o que podemos.


segunda-feira, outubro 11, 2004

Momento Trash

Estava eu, domingo, praticando a saudável arte de imprimir no colchão os contornos do meu belo corpitcho, quando me deparei com um quadro muito interessante do não menos interessante programa do Gugu. A apresentadora era a Monique Evans. Gente, lembrei a época em que eu ficava assistindo TV de madrugada e via aquele programa (não lembro o canal), em que ela ficava deitada em uma cama, entrevistando as pessoas. De todas essas modeletes que abundam por aí, a Monique é a mais divertida. Foi muito engraçado ver a interação dela com as pessoas na rua. Uma hora ela tropeçou, quase caiu e virou para um senhor que estava andando atrás dela e disse: "O senhor fica olhando para a minha bunda e eu quase caio!". O senhor ainda entrou no clima e perguntou: "Será que eu estava olhando?"... só não gostei depois, quando ela tentou reconciliar um casal que estava fazendo 28 anos de casado. O marido contou uma historinha, fazendo carinha de coitado, de vítima e, quando a esposa foi contar o outro lado do assunto, o buraco era bem mais embaixo. O cara era o maior safado! Aí eu mudei de canal... fui assistir Márcia Banana Split...

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Eu já contei para vcs que tenho múltiplas personalidades? Pois é. Não era eu assistindo a essas coisas na TV. Era uma personagem...

Colou?

quarta-feira, outubro 06, 2004

Rosebud

Hoje, tal qual um Cidadão Kane, acordei com uma palavra que teimava em bailar na minha cabeça. Mas, como o roteiro da minha vida não foi escrito por Orson Welles, nada de "Rosebud" ou de palavras mais estranhas, exóticas e merecedoras de uma investigação. A palavra era "curso". Curso do quê, Deus meu??!!

Desde ontem que o dia está estranho, ou seja, o dia de ontem ainda não terminou para mim. E está estranho. O tempo está estranho, uma chuva tímida, querendo vir, mas que se atrapalha um pouco e só goteja. E eu, sonhando com tempestades.

(Preciso parar aqui para pedir desculpas: Pat, seu sei que, se chover, você não vai poder andar na sua moto nova. Mas é só um pouquinho, prometo.)

Estou com um questionamento na minha cabeça, sentado ao lado da palavra "curso":

Quem não acredita em Deus, recorre a quem ou a o quê nas horas de desespero? Vi um olhar vazio e desesperado ontem. Que me pediu para rezar. Porque ela não acredita, mas eu acredito. Então, eu posso, mediante procuração, rezar por ela. Eu acredito em Deus. Não acredito é em certas pessoas. Será que elas existem?

Bom, de tudo isso surge uma coisa que eu tenho certeza de que me deixa feliz: hoje é o aniversário do Rodolfo. Parabéns, meu anjo. Amo muito você. Hoje à noite nós vamos cantar parabéns para você. Eu, Bíola, Céci, talvez papai e mamãe.

Laila gosta de uvas (come até a casca), Sam está melhor, Babi está adorando a escolinha e eu acho que a Céci estragou meu lápis de olho (ela jura que não). Um dia me disseram que o que me salva é o amor que eu sinto. Ainda bem...

sábado, setembro 25, 2004

Teste

Fiz esse teste lá no Dia de Folga, da Lu. Gostei do resultado, mas tenho medo de ficar diabética... sei lá, Camille Claudel, As Quatro Estações...

HASH(0x8b0e228)
Voce eh o album AS QUATRO ESTACOES, do Legiao
Urbana. Sensivel, muito intenso e com uma
personalidade forte, voce faz o que bem
entende, sem se preocupar muito com a opiniao
dos outros.

Que album do Legiao Urbana voce eh?
brought to you by Quizilla

terça-feira, setembro 21, 2004

171

Seria engraçado se não fosse ridículo. Estou indignada até agora...

Explico: existe essa corretora de seguros de saúde que, todo final de mês, liga para a minha mãe oferecendo um novo plano, com mais vantagens, mais descontos e etc. Essas pessoas têm o dom de tontear a gente com tanta falação. Conseqüência disso é que a minha mãe já trocou o nosso plano trocentas vezes. Na sexta-feira, ela agiu novamente. Foi até a minha casa e falou desse plano maravilhoso, com mais coberturas, quase pelo mesmo preço do que temos agora. Minha mãe topou mudar. Tirei cópia das nossas identidades (lá em casa mesmo) e fiquei esperando o moço do plano ligar para confirmar os meus dados. Quando ele ligou, perguntou a data de nascimento dos meus pai. Eu respondi, claro, informando os anos corretos (42 e 46). Pois vocês acreditam que aquela corretora adulterou a data de nascimento nas cópias das CI dos meus pais? Ela informou o preço de uma faixa anterior para a minha mãe. E ainda teve a cara-de-pau de dizer que havia combinado tudo com ela. Minha mãe ficou possessa. Depois, a figura admitiu que o erro dela foi não ter "combinado direitinho"...

PERAÍ!!!!! O ERRO FOI NÃO TER COMBINADO??? FALSIFICAR DOCUMENTO NÃO É ERRO???

Eu perdi algum capítulo dessa novela, tenho certeza... ou então, tem algum hospício fornecendo o endereço lá de casa para os sociopatas...

sexta-feira, setembro 17, 2004

Camisetas

Usar camiseta para fazer propaganda ou para defender uma idéia é mais velho que andar para frente. Tivemos até um presidente que lançava mão desse recurso quando percebia que falar demais poderia complicá-lo (pelo menos esse crédito eu tenho que dar a elle).

Na feirinha da Torre, havia uma banquinha que vendia umas camisetas lindas, com trechos de poemas e de letras de música. Todo final de semana eu comprava pelo menos uma. E lá ia eu, desfilando Cecílias, Renatos, Carlos, Pablos e que tais.

Aí veio a onda das camisetas engraçadinhas. Os dez tipos de corno, comparação entre o homem e o pão de forma, oração do bêbado. "Não me seqüestre, eu sou professora", "Enquanto o homem certo não aparece, me divirto com os errados"...

Camiseta de político, quem não tem uma para usar em casa que atire a primeira Hering. Camiseta da faculdade, de campanha ecológica, de lembrança de alguma cidade: "Meu cunhado esteve em Trobobó do Sul e só me trouxe esta camiseta".

Até aí tudo bem... hoje eu estava vindo para o trabalho quando vi uma mocinha de uns 16, 17 anos, corpitcho tudo em cima, calça-cofrinho, chapinha e óculos escuros segurando os cabelos. Comum, né? Mas a distinta estava usando uma camiseta onde se lia, sobre cada um dos seios, a palavra "Experimenta". O que é isso, alguém pode me explicar? Marketing? Campanha de amamentação?

Por via das dúvidas, já comecei a estocar víveres. Ou alguém duvida de que o fim está mais próximo do que imaginávamos?

sábado, setembro 04, 2004

Quando o Amor Faz Mal?

O amor, em todas as suas formas, seja por um homem, por uma mulher, por um amigo, por um filho, pelos pais, pelos irmãos, o amor faz mal:

* quando é, quando não é, quando poderia ter sido, quando pode até vir a ser;

* quando mente e, às vezes, quando diz a verdade;

* quando está longe e quando está perto;

* quando é novo e quando é antigo;

* quando se mascara e, muitas vezes, quando se revela;

* quando é muito e quando é pouco;

* quando é verdadeiro demais e quando é falso demais;

* quando sufoca e quando deixa livre;

* quando liberta e quando aprisiona;

* quando trái e quando é fiel;

* quando chega e quando vai.


Como qualquer outro sentimento na vida da gente – raiva, dor, fome, saudade, alegria–, é preciso encontrar um equilíbrio. Porque o mal que o amor nos faz não vem do amor... o mal que o amor nos faz vem de nós mesmos...

quinta-feira, agosto 26, 2004

Calendários

Poucas pessoas que me conhecem sabem, mas eu sou uma poeta de calendário. Vocês já viram isso? Pois é, nem eu tinha visto... mas um dia, a Lê, que trabalha comigo, estava fazendo a arte do calendário 2004 da Ideal (a gráfica onde nós trabalhamos). Aí, eu comentei que as imagens iam ficar legais se fossem acompanhadas de um hai kai, um textinho curto, com cara de poesia, cheiro de poesia. E ela topou. As ilustrações eram umas aquarelas lindíssimas de flores do cerrado, da Therese Von Behr, uma artista maravilhosa que mora aqui em Brasília.

Cada mês, uma flor, de acordo com a sua floração. E a cada flor, um hai kai, escrito por mim.

E um desses textinhos foi parar em um jornal. Não colocaram o meu nome, mas eu nem me incomodei. Era o jornal de uma associação de aposentados e, pelo que eu soube, o hai kai fez sucesso entre os leitores. Isso me bastou como crédito...

Quando a seca tinge o verde de cinza,
A quaresmeira nasce,
Lembrando que é sempre possível
Refazer-se.
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Para você, coisinha: eu amo você. Assim, redondo, sem arestas a aparar. Se é tão fácil dizer que não gosto de uma determinada pessoa, deveria ser fácil também dizer que amo você. Mas não é fácil. Porque eu sei que não cheguei na hora certa, com a pressão e a temperatura certas. Sei que não é para ser. Mas eu queria que fosse. Mas não é. E eu nunca detestei tanto ser adulta. Queria ser criança para dizer: "Eu quero e pronto!". Mas, mas, mas, mas...

quinta-feira, agosto 19, 2004

Teste

Até aí, morreu o Neves...quem mais eu poderia ser???


Faça você também Que gênio-louco é você? Uma criação de O Mundo Insano da Abyssinia

Dúvida histórica

O que seria do mundo se os grandes vultos da história universal tivessem a mesma firmeza que eu diante de algumas tortillas?

Acho que estaríamos todos de sombrero...

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Motivo do post: jantar ontem com a Kika, a Lu e a Gabi em um restaurante mexicano no estilo all you can eat.

segunda-feira, agosto 16, 2004

Saudações ao óbvio ululante...

* Pais realmente viram filhos depois de uma certa idade...será justiça poética?

* A incapacidade de dizer não causa efeitos do tipo "bola de neve".

* A lógica capitalista está entranhada em mim. Chefe é quase Deus.

* Louças em geral não são autolaváveis.

* Não adianta comer doces escondida. Eles não se dissolvem milagrosamente no organismo.

* Ignorar o extrato bancário não faz o saldo mudar de cor (e ficar olhando fixamente, tipo querendo enfeitiçar, também resulta em nada).

* Se o telefone toca, em pleno domingo à tarde, não é o Keanu me chamando para comer tapiocas.


Oh, Deus! Deve ter alguém se divertindo no meu lugar!!!

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Mais coisas de mulherzinha: fui com a minha irmã e mais quatro amigas assistir ao filme "Diário de uma Paixão". Lindo, muito lindo. Mas, ó, leve uma caixinha de lenços de papel. Foi muito engraçado ouvir o cinema fungando em uníssono.

Peraí...chorar em filme é coisa de mulherzinha?

Fui ver também "Moça com Brinco de Pérola" e "Queimando ao Vento" (pausa para as piadinhas de duplo sentido). O primeiro tem uma direção de fotografia que é um primor. Faz jus ao tema. O segundo é um daqueles filmes europeus torturados. Bom, mas nada de óóóóóóó´...

Estou usando muito a vogal "o" hoje. Será que Freud e os Fab5 explicam?

sexta-feira, agosto 06, 2004

Metendo o bedelho

Eu estava aqui brincando com o David, meu amigo querido de trabalho, sobre as opiniões extremas. Desenvolvemos uma teoria dos pontos convergentes (que eu não vou citar aqui porque só tem graça para nós dois), rimos muito, mas depois eu fiquei pensando...

E, para quem não me conhece, quando eu penso é quase um caso de calamidade pública.

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Hoje eu peguei um táxi e comecei a conversar com o motorista, um senhor muito simpático. O papo não foi bem do tipo que me agrada: falamos sobre assalto. Aí eu contei para ele do assalto que eu sofri há uns quinze anos.

O que mais me deixa indignada até hoje é que o assalto rolou em pleno dia, em um lugar razoavelmente movimentado daqui de Brasília e ninguém, repito, ninguém se deu conta de que eu estava sendo assaltada.

Não é que as pessoas tenham evitado se intrometer. Elas realmente não notaram.

Pergunta: você olha para as pessoas enquanto está andando pelas ruas da cidade? Eu queria saber.

Eu olho. E tenho hábitos que alguns dos meus amigos condenam. Por exemplo, quando eu vejo pais batendo em uma criança, tenho vontade de interferir. Mas não faço isso, é claro. Poderia piorar a situação. O que faço é olhar ostensivamente, para que o agressor saiba que ele não está invisível. É lógico que isso não se aplica a uma palmadinha educativa. São cenas de violência mesmo, com tapas no rosto, empurrões. Isso me machuca por dentro.

Já vi cenas assim entre namorados, entre amigos.

Não consigo me ver como um ser à parte da humanidade. Tenho discernimento, é claro, mas às vezes esqueço aquela regra do "cada um cuida de si".

Será que estamos ficando invisíveis? Será que os outros estão se tornando invisíveis para nós?

Brrrr...deu um calafrio...

terça-feira, agosto 03, 2004

Coisinhas

Às vezes, a gente recebe presentes assim, sem esperar. Não daqueles de rasgar papel, de pegar na mão. Presentes impalpáveis. Talvez por isso mais emocionantes.

Minha amiga Jussara me deu um desses na quinta passada. Ela participa de um grupo de leitura e me convidou pra o próximo encontro. Funciona assim: a cada encontro, o grupo escolhe um autor brasileiro não muito famoso. No encontro seguinte, os participantes discutem sobre o livro, emitem opiniões e, desnudos, comem uvas frescas sobre as páginas arrancadas com os dentes (essa parte já é fruto da minha imaginação...).

O livro escolhido para a minha primeira apresentação foi "Dois Irmãos", de Milton Hatoum. Comprei na Fnac, por R$36,00. Meu pai, na sua fome literária, leu primeiro e fez o primeiro comentário: "É excelente". Eu li depois. E reli. Li de novo. Que livro bom! Que autor talentoso. Minha mente ficou em festa.

E que venham as uvas frescas!

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Sabe quando eu sei que não sou nada? Quando sinto dor. E dor foi o que eu senti durante todo o final de semana. Por burrice minha, é claro. Porque não tento domar o meu medo de dentistas. Porque não me informei sobre a emergência 24 horas do meu plano odontológico. Porque deixei um dente lascado virar um Canal da Mancha.

Vai pastando, vai!