A criatura esquisita que mora dentro de mim tem se aproximado cada vez mais da superfície. Ela chega devagar e encosta a testa na parede de verniz, ouvindo desalentada as coisas que eu digo. Assistindo desesperada às coisas que eu faço.
"– Sim, eu posso."
"– Não, não tem problema!"
"– É claro que eu entendo!"
"– Vamos para onde você quiser..."
"– Concordo... desse jeito fica melhor..."
Mas ela, a criatura esquisita, já anda tomando providências. Andou fuçando pela parede de verniz e começou a puxar um cantinho que estava descascando. Um dia ela sai.
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