segunda-feira, junho 27, 2005

Is that all?

Fim de semana teve sessão de cinema na casa da amilga. Estréia do rómi tiater. Muito bom... "Sin City" é um filme excelente. Para quem gosta do gênero, é óbvio. E eu gosto pacas!!Além do mais, teve creme de milho. Ela sabe que pode conseguir qualquer coisa de mim com aquele creme de milho. Não sou coisa alguma diante daquele creme de milho...

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Corte rápido para sexta-feira!

Cena: Amilga, marildo da amilga e eu. Onde? No Chilli Pepper, por supuesto... entupindo a burra de chili.

Eu: Existem certos filmes a que eu não posso assistir...

Amilga: Tipo?

Eu: Assisti a "Monster" outro dia. No dia seguinte, estava eu no Google procurando serial killers...

Silêncio do outro lado da mesa... amilga e marildo trocam olhares... sussurros:

Amilga: Giovane, a minha bolsa está mais perto de você. Pega aí e vamos sair correndo...

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Dizem que o alemão é uma língua dura, grosseira. Né não, povo... essa língua é de uma delicadeza, de uma sutileza...

Temos "saudades", não é? A nossa é uma das poucas línguas que conseguiram traduzir em uma só palavra esse sentimento tão absurdo, tão amplo. Melancolia, falta, buraco no peito, dor no peito, solidão... tudo reunido em oito letras... e tem que ser no plural, tem que ser...

Pois então: no alemão existe Weltschmerz, que, com toda essa força, significa "dor do mundo". É a capacidade que temos de compartilhar o sofrimento de um outro ser humano, mesmo que esse outro ser humano esteja do outro lado do mundo. É uma compaixão misturada com culpa e com impotência. E, ao mesmo tempo, é uma alegria por nos sabermos capazes de sentir a dor do outro.

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E, além de todas as dores que uma guerra pode causar, além de toda a destruição, surge uma dor pequenininha, uma destruição quase miscroscópica diante do sofrimento de uma nação. Mas que dói também.

Os iranianos não podem mais aliviar o sofrimento diário com um copinho, ainda que de prástico, de shiraz.

Para quem vê de fora, a dor de perder um ente querido é infinitamente maior. Mas posso assegurar, pessoas, que a dor de se perder é equivalente.

E tome Weltschmerz!

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