terça-feira, abril 06, 2004

É proibido proibir!!!

Teoricamente, a rede deveria ser um espaço democrático, com liberdade de expressão. Acontece que começa a tomar corpo uma repressão nunca dantes navegada. É o ataque dos politicamente corretos. Não podemos mais criticar nada, nem ninguém. Qualquer dia aparece a Liga dos Defensores dos Guaxinins Mancos e Sudorentos. Sai pra lá, jacaré!!!
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Minha querida diz que a Vila Sônia está debaixo d'água. Aqui em Brasília isso não acontece porque nós usamos os políticos como bóias...

Histórias para ninar Garotinho

Era uma vez, há muitos e muitos anos, um rei bem diferente. Por que diferente? Oras, porque ele era um rei de vanguarda. Deixava que a rainha aparecesse como a dirigente do reino, só para fazer uma figura. Na verdade, quem mandava era ele. Oficialmente, o rei se ocupava de desvendar os crimes que aconteciam no reino. Não havia ninguém melhor que ele para desempenhar essa tarefa, pois o dito rei era fã número um de Agatha Christie.

Em um triste dia, uma tragédia abalou o reino do Rio de Abril. Dois visitantes de um reino distante foram mortos bem debaixo das barbas do rei. Quem teria sido? O crime parecia perfeito, mas o rei, com um dos livros de sua autora preferida debaixo do braço, foi ao vaso real para matutar.

O tempo passava e nada de aparecer o autor do crime. Os moradores do reino já estavam ficando desconfiados do rei quando, de repente, foi apresentado em praça pública o assassino confesso: o homem-goiaba. Diante do povo aturdido, o meliante contou com riqueza de detalhes o acontecido, roteiro assinado pelo rei, é claro. Estava ele trepado em uma árvore, como de costume, e foi importunado pelo visitante estrangeiro, que lhe dirigia impropérios em um língua estranha, mas que graças a um dicionário português-língua estranha que o homem-goiaba sempre portava no bolso da calça, puderam ser entendidos. Sentindo o ódio se avolumar dentro do seu ser, o homem-goiaba tomou de um pé-de-cabra e golpeou tanto o estrangeiro, como a esposa do dito.

Alguns dias depois, o homem-goiaba, tentando se safar, ainda inventou um história que misturava quarenta mil reais, batedores de ovos e dois anões besuntados em óleo de amêndoas.

O rei ganhou no quesito criatividade.

Reminiscências

A Falzinha desenterrou a múmia e eu quase morri de saudades. Agora, lá no Drops, ela conta "potocas". Genial!!!

Acontece que potocas fazem parte da minha vida desde sempre. Nasci em Belém do Pará e adoro dizer que sou uma papa-chibé de carteirinha e boletim de freqüência. Vim para Brasília há mais de vinte anos, mas se há uma coisa que a minha família soube me dar – e muito bem dadas – foram as minhas raízes. E elas estão lá, plantadas no solo úmido de Belém.

Amo as histórias daquela terra, o cheiro de patchuli, as mangas do cemitério, que são mais doces por causa do adubo (hehehe), a merenda no meio da tarde, o tacacá quente, pelando, tomado às 3h da tarde, com o sol a pino, os banhos nos igarapés de águas geladas, o cascalho, vendido de porta em porta, o parque de diversões em Nazaré, as peles morenas, os olhos arregalados perguntando "Tu dizes?".

E, além de tudo isso, adoro ver que a minha terra produz arte de qualidade. Na música, no teatro, na escultura, na literatura. Pena que pouca gente no Brasil saiba disso. Pena que pouca gente saiba, por exemplo, do antigo matadouro que virou centro de artes. Que, quando alguns grupos de teatro paraenses se apresentam em outros estados, a lotação esgota, porque eles são bons, bons, bons. Pena que poucos brasileiros se dêem ao trabalho de olhar mais para perto, em vez de irem se render à cultura importada.

Não, eu não sou contra a cultura de outros países. Aprecio bastante, até. Mas sou contra a atitude infantil e pouco evolutiva das pessoas que negam suas origens e as substituem por próteses que nunca serão iguais às originais.
Só isso.

Para quem quiser conferir: Cultura Pará

Viva e deixe viver

Em meio a tantas pessoas que gostam de criticar e de pensar que a sua opinião vale mais do que a do Maracanã inteiro, encontro uma pessoa que faz bom uso da idéia de blogar. Muito linda e doce, ela está fazendo um registro virtual de todas as gracinhas do seu filhão, aquelas frases de efeito que todas as crianças soltam de quando em vez e que nos matam de emoção. Não vou lincar aqui porque não sei se ela quer publicidade. Só comentei porque é tão doce, tão bonito...

Escambo

Existem algumas coisas do chamado "mundo moderno" com as quais eu tenho problemas praticamente insolúveis. Dinheiro é uma delas. Eu não gosto de dinheiro, não sei lidar com dinheiro. Gosto tão pouco que, quando tenho dinheiro, trato logo de trocá-lo por alguma coisa que me seja mais palatável.

Num é brincadeira, não!!!!

Por isso fiquei feliz quando vi uma reportagem sobre um grupo de amigos do Rio de Janeiro (se não me engano), que organizou um clube de escambo. Funciona assim: um dos amigos é professor de inglês, outra faz pães integrais, outro é quiroterapeuta, outra é contadora. Então, um troca uma aula por uma quantidade de pães, outra troca a declaração do IR por uma massagem...e por aí vai. Isso para mim é civilidade. É a vitória sobre a mediocridade da dita sociedade moderna.

Quando eu dava aulas, fiquei sabendo da história de um pai que não estava mais conseguindo pagar as mensalidades da escola. Ele tinha uma fábrica de móveis e quebrou geral. A diretora da escola (era uma escola de religiosas), uma mulher admirável, com um olhar lá na frente, combinou com ele o seguinte: trocaria as mensalidades atrasadas por uns armários e prateleiras de que a escola precisava. E foi assim. Ele não precisou tirar os filhos da escola. Não recebeu nada de graça. E consegui se reerguer fazendo pequenos trabalhos de marcenaria, contando sempre com a recomendação da irmã-diretora.

Pouca coisa? Eu sou do time da madre Tereza de Calcutá. Um dia, perguntaram para ela de que adiantava tanto sacrifício, tanto trabalho, se a ajuda dela era apenas uma gota no oceano. Ela respondeu: "Se eu não fizesse o meu trabalho, seria uma gota a menos".

Volteeeeiiiiii!!!

Poesia é nascer flor
Onde antes apenas cinza
O resto é realidade



quinta-feira, fevereiro 05, 2004

A cena do dia...

Manhã de quinta-feira, Setor Comercial Sul de Brasília, edifício Antonio Venâncio Silva, 12º andar. Esta que escreve se debulhando em lágrimas porque o gerente do escritório do seguro de vida do meu pai aventou a possibilidade de eu perder o meu paizinho querido. O gerente dizendo que eu precisava ser prática, e as lágrimas rolando grossas. Resumo da ópera: existe um gerente de seguros de vida solto por Brasília com uma péssima impressão de mim...




Algum psiquiatra na platéia???

quarta-feira, fevereiro 04, 2004



Mi, adorei, viu???
Gosto muito de ler esta moça. Ela escreve muito lindo.

Outra lista

Sei que ainda estamos em fevereiro, mas vou começar a fazer a lista dos presentes que eu quero ganhar. O daí de baixo é o primeiro. E não precisa nem embrulhar...

Listinha

COISAS QUE ME FIZERAM MUITO FELIZ NESSES ÚLTIMOS DIAS

Ganhei um girassol da minha mãe. Pode parecer uma coisa banal, mas essa é a flor de que eu mais gosto. E ganhar qualquer coisa da minha mãe me leva aos céus...

Minha sobrinha Céci – linda, inteligente, bem-humorada, feliz – e a minha irmã amada voltaram de Floripa. A casa não está mais vazia e silenciosa, graças a Deus!

Minha sobrinha Laila, coisinha mais fofa e querida do mundo, começou a ter aulas de natação. Ela tem quatro meses, quase cinco.

Vi meu pai sorrindo pelo menos cinco vezes. De verdade, rindo de balançar a barriga!

Consegui imprimir uma montagem linda que eu fiz com uma foto da minha afilhadinha adorada, a Babi.

Tio Rui voltou. Ele voltou para o nosso colo.

Ganhei muitos beijos e carinhos virtuais das pessoas lindas do LV da minha florzinha.

Digam lá, e eu tenho motivos para não sorrir???

terça-feira, fevereiro 03, 2004

Piadinha

Eccca!!! Li os posts anteriores e me achei muito triste, muito realista. Vamos a uma piadinha para relaxar...

Conversinha entre uma rosa e uma couve-flor...

Rosa – Não sei por que você tem nome de flor. Toda feia, sem cor, sem perfume. Eu sim, mereço esse nome. Sou linda, cheirosa, todos me idolatram.

Couve-flor – É, eles podem achar você linda e maravilhosa. Mas quem é que eles comem?

Risadas agora, por favor: quáquáquáquá!!!

Em tempo: eu como pétalas de rosas.

Eu e eu mesma



Tive uma overdose de "Sex and the City" nesse final de semana. Adoro, simplesmente adoro essa série. Ok, vamos combinar que elas vivem em "neverneverland", mas não deixa de ser uma espécie de catarse para mim que, como as personagens, tenho mais de trinta, sou solteira e tenho o dedo podre para escolher companhia masculina. Tá certo, não é sempre. Já encontrei algumas jóias na minha vida. Mas, se for fazer um balanço, vou ficar morrendo de vergonha de ver o resultado.

Já fiquei noiva duas vezes. Na primeira, eu tinha dezenove anos, nada na cabeça e um namorado muito autoritário. Então, eu fiquei noiva por osmose. Até o dia em que eu descobri o inexorável: ele me traía. E eu fiquei feliz. Era um motivo para terminar!!! Na segunda vez, eu já estava com 27, era de se esperar que já tivesse também alguma coisa na cabeça (além dos chifres do primeiro...hehehehe), mas há provas em contrário...terminei, mesmo tendo apartamento e tudo o mais já preparado, porque tinha medo de virar personagem do Linha Direta. Ele era muuuuiiiitttooo ciumento.

Sete anos depois, estou vendo Carrie e suas amigas viverem na telinha muitas das coisas que já vivi na minha vida. Claro que sem os sapatos de 400 dólares e sem o Mr. Big, que é d-i-v-i-n-o. Mas com as mesmas esperanças e ilusões. Não estou querendo começar um debate sobre a solidão das mulheres modernas, ou então usar chavões do tipo: "Os homens não querem compromisso", "As mulheres estão muito fáceis". Só estou constatando: não soube amar direito. Não soube construir relacionamentos legais. Vou continuar tentando. Fazer o q, né???