Antes de começar a minha sessão de divagação, devo avisar que não pretendo ser autora de auto-ajuda. São constatações apenas... vamos a ver:
Esse sentimento de ser uma fraude começou há uns dez anos. Havia essa incapacidade enorme de receber elogios. Não era uma simples vergonha. Era o embaraço de me saber não merecedora desses elogios. Então, eu era uma fraude.
O tempo passou e, com a maturidade, o sentimento de fraude só aumentou. Imaginava eu estar desmentindo aquele ditado que fala sobre enganar todos o tempo todo. Eu conseguia! E magistralmente.
Eu não era tão bonita, nem tão inteligente. Não era forte, nem corajosa. Eu tinha medo. E, às vezes, mentia. E, às vezes, criava situações para chamar a atenção das pessoas que eu amava. E isso fazia de mim uma fraude maior ainda.
Minhas irmãs, minhas amigas estavam vivendo vidas reais, sentimentos concretos, enquanto eu estava sempre metida em um relacionamento impossível, cheio de meandros sofridos.
Hoje eu lido melhor com isso. E elaborei a Teoria do Espelho: as pessoas vêem em mim reflexos do que elas são. Por isso me acham tão bonita, tão legal, tão especial. Minha fraude agora tem razão de ser.
Ah... não estou triste não... nem amarga... estou gripada, e é só.
Um comentário:
Adorei a teoria do Espelho...=]
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