1. Normalmente eu esqueço, mas tenho uma cicatriz no couro cabeludo. Eu tinha uns 4 anos e morria de medo de entrar em piscina. Um dia, venci o meu medo e entrei em uma piscina rasinha. Fiquei tão confiante que comecei a pular. Escorreguei e rachei a cabeça.
2. Eu tenho algumas rugas de expressão na testa. Um dos muitos hábitos da minha mãe é passar os dedos pela minha testa e dizer "Desfranze!". Eu peguei essa mania. Faço isso com todos os meus amigos.
3. Na minha bochecha esquerda, tenho três sinais. De vez em quando eu pego uma caneta e traço um triângulo. É perfeito.
4. Tenho uma marca no queixo, bem embaixo. Eu tinha uns seis anos, estava brincando em um monte de brita. Saí rolando e, quando cheguei ao chão, uma brita entrou de ponta no meu queixo. Fui parar no hospital. Acho que levei uns dois pontos.
5. Meu pescoço e meus braços são cheios de pintas. Uma das diversões dos meus colegas de escola e de faculdade era ficar brincando de liga-ponto. Eu vivia riscada.
6. Há uns três ou quatro meses fiz uma tatuagem nas costas. Foi uma tatuagem muito pensada, muito planejada. É um coração, envolto em uma fita, com as iniciais dos meus três sobrinhos: Céci, Laila e Noah. Meus amores eternos.
7. Um dia, eu senti uma dor emocional muito forte, fiquei muito triste mesmo. Não sei se foi coincidência, mas no mesmo dia apareceu um machucadinho no meu seio esquerdo. Não cresceu. Ficou uma marquinha pequena, que já está sumindo.
8. Tenho duas manchas brancas, uma de cada lado da barriga. Nasci com elas. Quando eu era criança, minha mãe dizia que eram duas folhas.
9. No meu umbigo, tem a cicatriz de uma videolaparoscopia. Na diagonal, mais ou menos uns três dedos abaixo, tem outra. Deu quelóide.
10. Tenho uma marca de catapora perto daqueles dois furinhos que ficam no início da bacia, por trás.
11. Na banda esquerda do bumbum, eu tenho uma marca. Eu caí um dia da cama e machuquei. Não gosto muito de lembrar esse dia. Fico triste.
12. Meu joelho é todo marcado das quedas que já levei. Foram muitas.
13. Meus pés são um caso exclusivo. Não tenho pele nos pés. Tenho papel de arroz, que rasga facilmente. Bolhas aos montes, calcanhar que resseca e, na sola, entre o dedão e o segundo dedo, meus calos de pirueta. Fui dançarina e já fiz muitas apresentações descalça.
Essas são as marcas externas. As internas... essas andam em constante cicatrização.
sábado, junho 23, 2007
quarta-feira, junho 06, 2007
terça-feira, junho 05, 2007
Olhando de leve
Alguém já preparou, assim, uma festa para trinta pessoas e só apareceram dez? E sobrou um monte de comida?
Mais ou menos no mesmo caminho de raciocínio, alguém aí já preparou um amor bem legal, duplex, cama, mesa e banho e ninguém apareceu? E aí sobrou um monte de sentimento?
Nada não... só pensando.
*****************************************
Era uma terça-feira quando o meu médico de cabeça ligou (o neuro):
- Oi, Fabrícia! Tudo bem com você? Há quanto tempo!
- Oi, doutor! Pois é... tempo, né?
- Você está bem? E a família? Muito trabalho? Muito estudo?
- Tudo certinho doutor, e com o senhor?
- Eu estou bem... e, por falar em mim, hoje eu recebi o resultado de uma pesquisa que levanta a suspeita de que o remedinho que eu passei para você causa um probleminha na válvula do coração...
- COMO?????
- Ah, não é nada, não! Pelo que eu concluí é só em pessoas idosas, que tomam altas doses. Só para tirar a prova, já prescrevi um ecocardiograma. Você pode vir aqui pegar hoje?
- Pode ser amanhã, dout...
- Não, hoje!!!
- Tá bom... vou hoje...
Ri me levou direitinho ao consultório, fez as gracinhas de sempre com a mocinha da recepção, ouviu o barulho de Pato Donald que o meu coração faz e voltamos para casa.
Hoje fui pegar o resultado. Coração normal. Sei... e quem acredita?
*********************************************
Ontem tive um siricotico de depressão com o James. Falei, falei, gesticulei teatralmente, quase chorei. E disse: "Tenho que me segurar, porque tenho uma forte tendência à depressão". Mereço uma taca, não?
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Assisti a "A Pele". Gente, eu amo o Robert Downey Jr. Peludo, pelado, de frente, de costas, limpo, drogado. Eu amo aquele homem. Recomendo o filme. Tem o estilo de que eu gosto.
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Kika foi. Kika foi a São Paulo. Kika foi a São Paulo e trouxe para mim um catálogo. Kika foi a São Paulo e trouxe para mim um catálogo da exposição da "salve-salve-aleluia" Clarice, a Lispector. Não quero parecer interesseira ou materialista, mas meu amor por Kika aumentou uns doze pontos. E, agora que sou uma feliz proprietária de um cartão Gol, de repente me dá a louca e eu vou a Sampa só para ver Clarice.
*********************************************
Eu sempre quis um amor de cinema. Sempre quis grandes dramas e cenas inesquecíveis. Falas marcantes. Só me esqueci de pedir o roteirista certo. Putztanga!
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Mais ou menos no mesmo caminho de raciocínio, alguém aí já preparou um amor bem legal, duplex, cama, mesa e banho e ninguém apareceu? E aí sobrou um monte de sentimento?
Nada não... só pensando.
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Era uma terça-feira quando o meu médico de cabeça ligou (o neuro):
- Oi, Fabrícia! Tudo bem com você? Há quanto tempo!
- Oi, doutor! Pois é... tempo, né?
- Você está bem? E a família? Muito trabalho? Muito estudo?
- Tudo certinho doutor, e com o senhor?
- Eu estou bem... e, por falar em mim, hoje eu recebi o resultado de uma pesquisa que levanta a suspeita de que o remedinho que eu passei para você causa um probleminha na válvula do coração...
- COMO?????
- Ah, não é nada, não! Pelo que eu concluí é só em pessoas idosas, que tomam altas doses. Só para tirar a prova, já prescrevi um ecocardiograma. Você pode vir aqui pegar hoje?
- Pode ser amanhã, dout...
- Não, hoje!!!
- Tá bom... vou hoje...
Ri me levou direitinho ao consultório, fez as gracinhas de sempre com a mocinha da recepção, ouviu o barulho de Pato Donald que o meu coração faz e voltamos para casa.
Hoje fui pegar o resultado. Coração normal. Sei... e quem acredita?
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Ontem tive um siricotico de depressão com o James. Falei, falei, gesticulei teatralmente, quase chorei. E disse: "Tenho que me segurar, porque tenho uma forte tendência à depressão". Mereço uma taca, não?
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Assisti a "A Pele". Gente, eu amo o Robert Downey Jr. Peludo, pelado, de frente, de costas, limpo, drogado. Eu amo aquele homem. Recomendo o filme. Tem o estilo de que eu gosto.
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Kika foi. Kika foi a São Paulo. Kika foi a São Paulo e trouxe para mim um catálogo. Kika foi a São Paulo e trouxe para mim um catálogo da exposição da "salve-salve-aleluia" Clarice, a Lispector. Não quero parecer interesseira ou materialista, mas meu amor por Kika aumentou uns doze pontos. E, agora que sou uma feliz proprietária de um cartão Gol, de repente me dá a louca e eu vou a Sampa só para ver Clarice.
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Eu sempre quis um amor de cinema. Sempre quis grandes dramas e cenas inesquecíveis. Falas marcantes. Só me esqueci de pedir o roteirista certo. Putztanga!
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