sexta-feira, dezembro 22, 2006

Feliz Toda Vida

Uma rosa é uma rosa.

Dito isso, continuemos.

Conheço pessoas que não gostam de datas comemorativas. Aniversários (os delas e os dos outros), natais, anos-novos. Algumas têm sérios motivos: ou perderam alguém querido nessas datas, ou estão tão embebidos na solidariedade humana que não conseguem comemorar sabendo que outras pessoas passam fome ou sofrem qualquer tipo de violência. Outros, ainda, não gostam porque não gostam, do mesmo jeito que eu não gosto de pimentão, cebola e azeitona.

Realmente, não deveríamos precisar de uma data especial para repensar a vida, ou para perdoar, ou para fazer promessas. Esses deveria ser compromissos diários, constantes. Mas, peraí! Por que somos tão "auto-inflexíveis"? Por que não pensar que pelo menos temos esses dias para fazer essas coisas que não fazemos com a regularidade que devíamos fazer?

Chame o seu Natal do que você quiser. Chame de "O Dia da Grande Abóbora", a la Charlie Brown. Mas eleja esse, ou qualquer outro dia, para fazer mudanças que normalmente você não faz.

Uma amiga minha já combinou com a família: presentes, só em janeiro, quando as lojas entram em liquidação. Natal é no Natal mesmo. Sem presentes. Só com amor.

Deixa para lá a discussão sobre a roupa do papai noel. É muito quente? Não é você que está vestindo!

Uma rosa é uma rosa, independentemente do nome que você der. E ficar bem depende muito mais de você do que de qualquer convenção.

Feliz Dia da Grande Abóbora para todos!

quarta-feira, dezembro 20, 2006

I Ching

41 - A Diminuição

Sacrifique o supérfluo em favor do essencial. Aja com moderação e cautela. Não adianta convencer as pessoas de suas intenções. Saber renunciar hoje significa conquistar amanhã. Só assim suas ações serão favorecidas.


Tá bom, então...

terça-feira, dezembro 19, 2006

VIRGO

Em setembro

Se Vênus me ajudar

Virá alguém

Eu sou de virgem

E só de imaginar

Me dá vertigem



segunda-feira, dezembro 18, 2006

Porque hoje

E porque hoje eu acordei com essa enorme necessidade de rir e de abraçar e de beijar.

Porque hoje o mundo está o mesmo, mas me pareceu mais lindo e o ar mais fácil de respirar.

Porque hoje eu senti falta das minhas rotinas no trabalho e de cheiro de pescoço.

Porque hoje minha solidão se sente acompanhada.

Por tudo isso...

Riam, beijem e abracem por mim. Amor, vá para Buenos Aires. Querida, tasque um beijo na boca daquele indeciso. Lindo, dance sozinho, vestido de princesa.

Hoje é um daqueles dias únicos. Não acredita? Tente acreditar...

terça-feira, dezembro 12, 2006

– Coloca aí aquela música da Deusdete.
– Qual é essa???
– Aquela assim: "Deusdete makes you crazy"...

segunda-feira, dezembro 11, 2006

Transamérica

Assisti ontem. Nó, o que é aquela Felicity?? Perfeita. Cheia de detalhes, de facetas. Não fica naquela personagem com cheiro de "jávi". E a caracterização? Na primeira cena, eu mal a reconheci. Pensei que fosse outra personagem, que puxaria o gancho para a fantástica Bree.

Kevin Zegers como o filho "surpresa" está muito bom também. Menino lindo, mas com aquele tom de sacana.



Recomendadíssimo!

quinta-feira, dezembro 07, 2006

São tantas emoções...

Eu sou professora. Dito assim, parece tão banal. Mas não é. É visceral mesmo.

Agora, eu sou revisora gráfica. Tirei dois tumores das cordas vocais há uns cinco anos, por isso não posso mais dar aulas. Poucas coisas na minha vida doeram mais do que escutar do médico que a minha carreira de professora estava precocemente encerrada. Em um ano afastada dos meus alunos, envelheci uma década. Eu aprendia muito mais de vida com eles do que eles aprendiam de português comigo.

O que mais me faz falta é ver o olhar de um aluno se iluminando quando entende alguma coisa. É um átimo, um momento quase imperceptível. Mas existe. E aquece a alma de uma pessoa pelo resto da vida. Tem gente que passa a vida preocupada em fazer algo que marque o mundo. Mas o mundo é tão grande, e existem tantas formas de marcá-lo. Ouvir de um aluno já formado, profissional, que ele nunca esquece o que você ensinou é um... é uma... eu não sei colocar em palavras o que é.

Trabalhei em colégios particulares, trabalhei na rede pública. Em cada lugar, experiências diferentes, carências diferentes, riquezas diferentes.

Eu sou professora. E escrever isso me enche de orgulho. Sou professora quando alguém aqui do Banco vem me perguntar alguma coisa básica e eu acabo dando uma aula completa. Quando leio com carinho os textos dos meus amigos. Quando aprendo alguma coisa nova, e essa coisa não cabe em mim, e eu tenho que passar essa coisa para alguém urgentemente.

Ai, saudade!...

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– Professora, "OBS" é abreviatura de "obsorvente"?
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